WWE SmackDown Women's Championship Match: Asuka (c) (w) vs. Becky Lynch - 3.50
Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.50
Innovation: 0.75
Resultado: A Asuka ganhou. O público pedia pela vitória da Becky de maneira desesperada. Ela é a Wrestler mais Over com o público desde que começou a ganhar Push. Existem muitos motivos para isso. A Becky não é a Wrestler mais talentosa ou com a Gimmick mais interessante. Parece até mesmo bruxaria o fato dela conseguir ser tão Over, pois se pararmos para refletir, existem Wrestlers melhores do que ela em muitos aspectos. Acontece que, ela sempre foi subestimada pela WWE, e quando ela finalmente ganha algum Push, o público vai ao delírio e tenta ao máximo desfrutar do momento. Não estou tentando dizer que agora ela está sendo superestimada pela WWE, em fazê-la ganhar títulos e coisas importantes. Mas o público com certeza está. Então, a vitória da Asuka é perfeitamente normal, não só porque a Asuka é muito melhor que a Becky Lynch em praticamente tudo, mas também, porque ao longo de sua carreira na WWE, ela conseguiu construir muito mais credibilidade para isso, ao ponto de que seria estranho se a Becky conseguisse vencer ela.
Combate: A técnica das duas estava bastante apurada. Elas conseguiram passar pro público uma sensação de equilíbrio técnico que ditou a dinâmica da narrativa até o fim. Por isso, não tivemos um Storytelling mais impactante, embora em quesitos teóricos, a estrutura funcionou perfeitamente, principalmente na ligação que as etapas do combate tiveram com o instigamento da empatia do público com as personagens. Nesse sentido, o papel da Becky Lynch foi central para que houvesse essa ligação, já que qualquer coisa que ela fizesse extraía reações positivas do pública. Revira-voltas nas submissões e até mesmo cópia dos movimentos uma da outra, permitiram essa maior sensação de equilíbrio e imprevisibilidade. E quando se tem um público torcendo muito por uma vitória de alguém, essa é a melhor forma de extrair reações. Apesar de não ter sido uma exuberância técnica, com spots magníficos e sequências espetaculares, só de terem conseguido deixar imprevisível, já foi o suficiente pro público interagir bastante com o combate. Mérito delas que entenderam o público.
WWE SmackDown Tag Team Championship Match: The Bar (Sheamus & Cesaro) (c) vs. The Miz & Shane McMahon (w) - 3.50
Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.75
Innovation: 0.75
Resultado: A dupla entre Miz e Shane foi construída de forma interessante. Será que só por conta disso valia a pena fazê-los ganhar o título? Na minha opinião não, ainda mais se considerarmos o fato de que está vindo uma WrestleMania pela frente. Acho que o título merece pessoas ''maiores'' para disputá-lo.
Combate: Tiveram muitos momentos interessantes. Afinal, Cesaro e Sheamus já estão em sintonia a muito tempo, sempre trazendo grandes Tag Moves e fazendo ótimas performances. A dúvida era como funcionaria Shane e Miz. The Miz não fez grande coisa no combate, e Shane fez o que ele costuma fazer: Um Shooting Star Press, um Diving Elbow... Nessa simplicidade, conseguiram entregar um combate que entreteve o público e o surpreendesse com a vitória de Miz e Shane.
WWE Raw Women's Championship Match: Ronda Rousey (c) (w) vs. Sasha Banks - 4.00
Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 1.00
Timing: 0.75
Innovation: 0.75
Resultado: Para a Sasha Banks vencer a Ronda Rousey, era necessário um milagre divino, ou que alguém dopasse o Vince McMahon. Ela é hoje o principal nome a ser batido entre as mulheres, e a Sasha Banks, mesmo sendo um nome de peso, não é o nome que o booking desse reinado da Ronda estava indicando para ser a vencedora do título. Estávamos esperando que o Royal Rumble feminino fosse nos revelar o nome que enfrentaria Ronda na WrestleMania. Então, o resultado correto aconteceu.
Combate: O nível psicológico desse combate foi ao extremo. A Ronda consegue transpassar emoções ao público como ninguém, e a Sasha também tem isso como uma grande virtude. Mesclando uma certa fisicalidade com um alto rigor técnico no Chain Wrestling e nos Nearfalls, a base para elas se envolverem emocionalmente de acordo com cada movimento, foi implementada cirurgicamente para esse cenário hiper emocional. A Sasha queria voltar a sentir o gosto do que é ser campeã. Já faz um bom tempo que ela não segura um cinturão, e evidentemente que, ela deixou claro dentro de ringue que aquela era a oportunidade perfeita. Mas Ronda era uma adversária muito complicada. Isso serviu de incentivo para a Sasha ter uma ótima atuação dentro da Kayfabe, e a narrativa mostrou que ambas estavam dispostas a atingir seu limite físico e emocional para alcançar a vitória. Algumas aplicações de golpes saíram mal feitas, mas foram em raros momentos que isso aconteceu. O desfecho também foi meio inesperado. Esperávamos que a Sasha conseguisse dar o kickout pela narrativa que estava se construindo. Terminar por pinfall foi muito anti-climático já que o enredo apontava para um término por submissão.
30-Women's Royal Rumble Match: Becky Lynch (w) - 4.00
Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 1.00
Timing: 1.00
Innovation: 0.50
Resultado: Indo por partes, a Royal Rumble Match feminina guardou muita coerência com o booking que foi feito. Na parte inicial, tivemos a eliminação rápida da Liv Morgan, que levantou o público naquele momento. E o destaque ficou principalmente para Lacey Evans, que conseguiu eliminar a Billie Kay e Peyton Royce. Achei esse destaque muito bom, pois mesmo ela sendo do NXT, é um bom cartão de visitas. Mas a melhor parte do início foi de fato a participação da Nikki Cross que eu digo e repito: Tem a melhor personagem feminina da WWE. Claro que esse posto não é muito concorrido, pois geralmente, as personagens femininas costumam ser ruins, genéricas ou sem alguma profundidade. Já a personagem dela é bem diferente do padrão e funciona perfeitamente para gerar impacto no público, sem falar que é um dos poucos personagens femininos que gera curiosidade e que você presta mais atenção nas atitudes do que nos movimentos ou aparência. Ela tomou conta do início. O único problema, é que o destaque poderia ser muito maior. Ela foi eliminada por uma zé ninguém (The Ilconics) e não eliminou ninguém. Porém, o início teve poucas eliminações e eu gosto quando isso acontece, pois existem várias coisas acontecendo no ringue ao mesmo tempo.
O combate começou a animar quando a Charlotte entrou. Ela teve enfrentamento com a Lacey Evans, que foi um ponto interessante por ambas serem parecidas. Foi bom também o destaque que deram para a Kairi Sane e Ember Moon. Mas no geral, muitas entradas não impactavam. O que ficou de interessante foram as entradas de grandes nomes como Charlotte ou nomes do NXT, que são pouco conhecidos. Outro momento que deveria ser marcante, mas não foi tanto por causa do desconhecimento do público, foi a Io Shirai após uma eliminação precipitada da Kairi. O público praticamente não reagiu, mesmo a Io sendo uma das melhores de todo o roster feminino e já considerada por muitos como a melhor Wrestler do mundo (e eu não acho exagero).
No final, mais nomes de peso apareceram. Até então, ninguém imaginava tanto a participação da Becky Lynch. Era mais uma torcida para que ela participasse do que de fato lógico, pois ela havia acabado de ter uma partida pelo título contra a Asuka. Então, as candidatas a vencer, até onde se podia ver no ringue, era: Alexa Bliss, Nia Jax, Charlotte e Bayley. Charlotte era o nome mais forte para isso. Alexa Bliss tinha alguma chance, e as outras duas corriam por fora. Então, estava muito previsível de que seria a Charlotte a ganhar. Felizmente, a Lana foi substituída pela Becky, para dar alguma imprevisibilidade. Entre esses cinco nomes, o melhor nome para vencer em termos de credibilidade era a Charlotte, inclusive em termos de booking, já que queremos Charlotte enfrentando a Ronda pelo que aconteceu no Survivor Series. A Becky eu considero uma opção um pouco pior nesses quesitos, mas ainda uma boa opção, principalmente se considerarmos o fan service. As outras três opções eram ruins na minha visão. Chega de Alexa Bliss. E Nia e Bayley eu quero que fiquem longe de títulos por anos, pois diante da concorrência atual, ter que aturá-las disputando algum título na WrestleMania é de matar. Vitória justa da Becky Lynch. Aqui não tivemos cagada!
Combate: Geralmente uma Rumble Match costuma ter vários núcleos narrativos que se entrelaçam para formar uma grande história. Muitas vezes, alguns núcleos são irrelevantes e ruins. Esses núcleos são chamados de Splots, e são referentes a uma determinada interação que ocorreu entre alguns Wrestlers formando uma pequena história dentro dessa grande história que é o combate. O interessante dessa Rumble é que todos os Splots foram bons. Alguns não tão bem executados e com certas decisões questionáveis. É muito difícil que todos os Splots sejam perfeitos. O legal mesmo, é que mesmo com seus defeitos e particularidades, esses Splots casaram bem entre si para construir um determinado desfecho.
Então, inicialmente, o Royal Rumble feminino começou com algumas entradas de menor impactos mescladas com nomes fortes do NXT, o que de certa forma manteve o interesse da plateia. Com exceção de uma eliminação ou outra, eles buscaram fazer com que essa Rumble tivesse poucas eliminações precoces, de forma que, essas poucas eliminações precoces pudessem surpreender o público. O problema de ir por esse linha, é que Royal Rumbles desse tipo costumam ter pouco espaço pros Wrestlers conseguirem desenvolver certas sequências. Mas nessa Match, talvez pelo fato das mulheres não ocuparem tanto espaço quanto homens no ringue, mesmo com poucas eliminações, sobrou espaço para desenvolverem certos golpes na entrada. Outro problema de desenvolvimento que esse combate não teve, foi a de apenas quem estiver entrando fazer algo diferente. Em muitos momentos se via pessoas que estavam a bastante tempo no ringue fazendo uma sequência ou outra. Claro que o padrão de quem entra ter a função de fazer algo diferente continuou. Mas não ficou apenas nisso, dando um corpo maior ao combate.
E um destaque especial começou a aparecer por conta disso. Geralmente quando uma Rumble tem poucas eliminações, chega uma entrada impactante que elimina muitas Wrestlers de uma vez e acaba com a graça do combate. Mas não foi isso que aconteceu. Nenhuma Wrestler teve uma dominância no quesito eliminações, fazendo com que o ringue estivesse cheio, com diversos acontecimentos a todo momento, mantendo o interesse do público. O impressionante, é que as eliminações estavam sendo tão bem feitas e organizadas, que o público vibrava mais com as eliminações do que com as entradas. E de fato, as mulheres se superaram, pois houveram várias eliminações criativas, bem feitas, algumas nem tanto (como é de costume), mas muitas bem diferenciadas e que geraram emoção.
Com isso, os núcleos narrativos, isto é, os Splots foram naturalmente se desenvolvendo, sem ficarem confusos e tendo uma perfeita coesão entre si. E numa Royal Rumble Match, existem Splots de humor, Splots sérios, Splots de rivalidades, traições, formação de grupo de tudo mais. Os que eu mais gostei foi: Zelina Vega, que deu um ótimo tom humorístico e por ter sido algo inesperado a aparição do Hornswoggle, mesmo não tendo tanto sentido, cumpriu com sua função humorística; Charlotte e Lacey Evans, que apesar de não ter tido uma finalização, foi bem interessante; Candice LeRay e Zelina Vega; a participação do trio Riot Squad; a entrada surpresa da Becky Lynch e sua rivalidade com a Charlotte.
O desfecho com a Becky Lynch, e deixando pro final apenas nomes fortes para ganhar o Royal Rumble, com a Nia, Charlotte e Bayley, deixaram o final bem imprevisível. E conseguiram dar um teor psicológico, principalmente quando a Becky Lynch foi atacada pela Nia quando a Nia foi eliminada, que fez com que o combate subisse um certo patamar, e ficasse imprevisível e emocionante. E obviamente, a participação da Becky Lynch foi fundamental para levantar o público. Mas até no quesito Spots o combate foi bem, recheados de bons movimentos, ao qual o que eu mais gostei foi o Moonsault da Io Shirai na sua entrada.
WWE World Championship Match: Daniel Bryan (c) (w) vs. AJ Styles - 2.75
Storytelling: 0.25
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.75
Innovation: 0.50
Resultado: Qualquer resultado era bom. O que podemos avaliar aqui é a forma. E a forma foi com uma intervenção do Erick Rowan. Sinceramente, eu até acho que essa aparição dele suscita certas dúvidas. Ela dá uma certa esperança de que uma Storyline mirabolante para a WrestleMania está por vir, envolvendo o Bray Wyatt. Mas sério, Erick Rowan? Ele não tem cacife para interromper um combate assim. Se fosse o Luke Harper seria bem melhor, mas mesmo assim seria estranho. Seria melhor se o próprio Bray Wyatt aparecesse. Se for para isso ter acontecido sem a presença do Bray Wyatt nessa rivalidade, vai ter sido em vão e completamente ridículo essa aparição. Só que ainda assim, mesmo que concertem isso com a intromissão do Bray, continua sendo ridículo. Acho que existiria outras formas de deixar claro que o Bray Wyatt poderia aparecer na rivalidade, e muito mais misteriosa. Um exemplo seria um apagão de luz, onde o AJ Styles aparecesse deitado, mas ninguém apareceu. A dúvida sobre quem poderia ser seria muito maior e muito mais intrigante. Já o Erick Rowan deixa na cara que é o Bray Wyatt e ainda faz com que o combate termine de uma forma ''boring''.
Combate: Eu tenho duas linhas para avaliar esse combate. A primeira linha é a performance dos dois lutadores, que foi boa. Ambos estavam fazendo um bom combate, progredindo aos poucos no ritmo, fazendo excelentes movimentos de transição, acelerando nos momentos certos e aplicando quedas expressivas. A segunda linha é a forma como a performance deles impactou o público. E nessa questão, o combate foi fraco. Na minha visão, houve um desinteresse bem exagerado do público com o que estava acontecendo, e fez com que o combate não atingisse seu potencial máximo. Mas também, há uma certa responsabilidade dos dois e do booking dessa rivalidade que está meio arrastada. Eles poderiam ter deixado o combate mais movimentado e ter aplicado certos movimentos mais inovadores, em vez de apenas apresentar o básico de seus arsenais. Só que o real problema de todo o combate, foi que quando ele começou a empolgar, a apareceu o Erick Rowan para estragar a festa, decretando com toda certeza o fracasso que foi essa partida mesmo com mais de 20 minutos a disposição para fazer algo decente. Demoraram demais para fazer o combate a engrenar, inovaram muito pouco e fecharam com chave de ouro essa chatice sem fim.
WWE Universal Championship Match: Brock Lesnar (c) (w) vs. Finn Balor - 3.75
Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 1.00
Timing: 0.75
Innovation: 0.50
Resultado: Finn Balor ensaiou uma graça para cima do Brock Lesnar, e talvez fosse isso o máximo que a gente esperava dele nesse combate. Balor vencer Brock Lesnar é simplesmente inimaginável nesse cenário. O que poderia ocorrer seria o Balor ir pro combate com Demon Balor, e aí sim, poderia-se especular uma vitória dele.
Combate: Esse combate entra na mesma lógica que o combate da Asuka e da Becky. A torcida queria tanto que a Becky ganhasse que acabou se envolvendo facilmente com o combate. Já entre Lesnar e Balor, a torcida não estava torcendo propriamente a favor de Balor, e sim, contra o Lesnar. Desse jeito, cada golpe do Balor era emocionante pro público, ainda mais se contarmos que era esperado um Squash total. Por quase todo o combate a partida ficou equilibrada. Inclusive, Balor dominou na maior parte do tempo. Com isso, o público ficou ativo na maior parte da partida. O Storytelling foi simplório, a execução dentro de ringue não teve nada demais, apesar de não ter nenhum erro técnico, o tempo foi bem explorado, a dinâmica e ritmo ficaram agradáveis. O que faltou mesmo foi algo novo, pois os combates do Lesnar são sempre a mesma coisa. A única coisa de inovadora foi o fato do Balor conseguir dominar o combate. Poderíamos ter tido algo ainda mais especial, se não fosse o término precoce da partida com a derrota do Balor para uma mísera submissão de braço. Geralmente, ao lutar contra o Brock, os adversários tendem a resistir a pelo menos um finisher. Ali, o Balor não conseguiu nem sair da submissão. Não foi necessário sequer um F-5 pro Brock vencer.
30-Man's Royal Rumble Match: Seth Rollins (w) - 3.50
Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.50
Timing: 1.00
Innovation: 0.75
Resultado: Primeiro de tudo, o principal que se espera do Royal Rumble não foi entregado. Retornos impactantes, debuts espetaculares. Nada. O máximo que tivemos foram participações especiais de Hall of Famers velhos e de alguns lutadores do NXT. Nem o John Cena, que era especulado, tivemos. Então, nesse sentido, as entradas do Royal Rumble foi um verdadeiro fiasco. Nia Jax substituindo o R-Truth foi o ponto mais alto de todas as entradas, e ainda assim, foi uma entrada fraca. Das participações do NXT, Johnny Gargano e Aleister Black foram ótimos, entretanto, não passaram de participações especiais já que eles voltaram ao NXT.
Segundo de tudo, tiveram muitos desaproveitamentos ridículos: Kurt Angle foi eliminado muito cedo. Foi até justo, mas tinha um Elias ali para isso. Shinsuke Nakamura, o último grande vencedor do Royal Rumble foi eliminado pelo Mustafa Ali. M-U-S-T-A-F-A A-L-I. Querendo ou não, o Mustafa Ali, por mais que tenha sido um pouco interessante a participação dele, era um nome que ninguém imaginaria que venceria. Nakamura também não, mas por ser o atual vencedor, geraria mais expectativas no combate. Johnny Gargano também foi eliminado muito cedo. Estamos falando do melhor performador dentro de ringue da WWE em 2018. Ele não merecia um destaque maior? Mas a pior eliminação de todas na minha visão, foi a de Dean Ambrose. Dean Ambrose teve uma participação legal, todavia, ele deveria ter tido uma atuação muito melhor. Era para ele ficar até o final desse Royal Rumble por um motivo simples, que era o fato do Seth Rollins ser o favorito para ganhar o combate. Quem eliminou ele foi o Aleister Black, que não foi de todo mal. O problema é que ele não teve nenhuma interação com o Seth fora aquele início broxante onde eles trocaram um pouco de socos e depois se esqueceram no resto do combate. Decisões estúpidas em cima de decisões estúpidas.
No final, restou Nia Jax batendo em todo mundo num final polêmico. Quer dizer, polêmico para quem é chorão, pois para mim foi normal. Se uma mulher chega querendo bater em todo mundo, mais do que justo é todo mundo reagir a isso, ou as pessoas realmente acham que homem não tem direito a reagir a uma mulher histérica e louca que quer descer o sarrafo em geral? Claro que o assunto sobre homens e mulheres se baterem é complexo. Mas da forma como aconteceu, não há polêmica, e até brincaram bem com isso. O que temos de apontar sobre esse final é que ele foi muito fraco. Tivemos algo lúdico, é verdade, mas tivemos um final pouco impactante do que poderia ter sido caso um Kenny Omega da vida entrasse. Para quem esperou algo de especial, saiu frustrado do Show e com toda razão. Óbvio que era demais esperar que o Kenny aparecesse. É só um exemplo para demonstrar como o final com a Nia foi bastante fraco. E por fim, sobrando Seth e Braun Strowman, os dois principais candidatos a vencerem, deu Seth Rollins como todos esperaram. Parece que o Seth enfrentará o Brock Lesnar. Mas seria muito melhor se ele desafiasse o Daniel Bryan/AJ Styles. Veremos o que vai acontecer.
Combate: Em quesitos técnicos, o combate conseguiu cumprir com a sua função. Ele é mais para entreter do que para ser algo de extrema qualidade. Por isso, é extremamente difícil que você veja um Royal Rumble que se transforme numa 5 Stars. Mas ao mesmo tempo, é praticamente impossível ocorrer um Royal Rumble que dê em DUD. São necessariamente 40 minutos de combate só com o tempo das entradas. O que importa mais é o que vai acontecer depois da entrada de todo mundo, pois até o momento das entradas, a gente liga mais para quem entra do que para quem está saindo.
Na Rumble feminina, não houveram grandíssimas entradas igualmente ao combate masculino. Mas elas conseguiram suprir isso com boas eliminações, muitas emocionantes. Já os homens, no quesito eliminação foram horrorosos. Várias eliminações simplistas, sem criatividade e feitas de forma que não guardasse coerência com o que vinha sendo construído. Vários núcleos que começaram e não tiveram uma finalização decente, como Seth e Dean, outros que foram simplesmente anti-climáticos, como a chegada do Baron Corbin. Basicamente, as entradas não te entretiam, e as eliminações muito menos. Quiseram fazer a gente passar mais raiva do que comemorando alguma coisa. Não havia quase nada para comemorar no que aconteceu ali dentro. Um excesso de vilões se dando bem em cima de personagens Overs com o público, que parecia que o único objetivo do combate era deixar o público irritado. É normal acontecer esse tipo de coisa uma vez ou outra, mas toda hora?
O combate só não foi um completo fiasco, pois por mais que 90% das eliminações fossem ruins, o que era apresentado dentro de ringue era pelo menos decente. Tiveram muitas boas entradas com excelente sequências. Pete Dunne que o diga. Ele participou de diversas sequências desde a hora que entrou até a hora em que saiu. Aleister Black encheu os olhos do público. Seth Rollins interagiu com praticamente todo mundo (ironicamente, menos com o Dean Ambrose). O Super Plex com o Rey Mysterio pulando por cima do Strowman foi espetacular. O spot do Bobby Lashley no Rollins também. Se não fossem esses momentos, com certeza seria um dos piores Royal Rumbles da história da WWE, pois no quesito entradas e eliminações foi um fiasco quase completo.
Então galera, esse foi o HOW Star Ratings de hoje. Deixem suas opiniões e avaliações nos comentários, não deixem de interagir e de compartilhar essa análise com seus amigos. Nos vemos no próximo HOW Star Ratings!
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