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quinta-feira, 23 de maio de 2019

HOW Star Ratings - WWE Money in the Bank 2019

Olá galerinha da House of Wrestling, aqui quem escreve para vocês é Josué Elias, colunista da HOW, trazendo mais um HOW Star Ratings, e dessa vez analisando e avaliando os combates que aconteceram no WWE Money in the Bank 2019, que ocorreu no último Domingo, dia 19 de Maio. Então, sem mais enrolações, vamos às análises:

Women's Money in the Bank Ladder Match: Nikki Cross vs. Carmella vs. Mandy Rose vs. Naomi vs. Natalya vs. Dana Broke vs. Ember Moon vs. Bayley (w) - 3.75


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.75
Innovation: 0.75


Resultado: Existia uma grande pressão do público para que Bayley vencesse, e ultimamente, o fan service tem crescido um pouco. Seth Rollins campeão, Kofi campeão, Becky Lynch campeã. Agora a Bayley vencendo o Money in the Bank. É uma perda de uma excelente oportunidade de introduzir a uma Title Shot wrestlers como Dana Broke, Mandy Rose, Nikki Cross ou Ember Moon. Preferiram dar de certa forma para uma veterana (apesar dela não ser tão veterana assim), o que eu acho um desperdício. Mas pelo menos não foi Natalya ou Carmella. Então já temos muito o que agradecer aqui. Bayley pelo menos tem um potencial de crescimento muito grande e pode render ótimas rivalidades já que ela envolve bastante o público em sua torcida.

Combate: Eu realmente gostei muito do que foi apresentado. Sinceramente, eu não esperava nada desse combate, e, para mim, conseguiram entregar a melhor Ladder Match feminina na WWE, se não me falhar a memória de estar cometendo uma injustiça com alguma outra Ladder Match feminina que eu não lembro ou não tenha visto. O primeiro ponto positivo que me surpreendeu foi a aplicação dos movimentos, que de fato, não é costumeiro ser um ponto forte em lutas femininas. Elas conseguiram errar muito pouco e entregar movimentos muito bem aplicados e com grande expressão de realidade. A movimentação no ringue conseguiu ser sincronizada, algo que, com essa quantidade de wrestlers lutando, poderia ser um grande problema. Não conseguimos sentir em nenhum momento que o que estava acontecendo era uma zona desorganizada. Cada plot teve sua construção e execução sem atropelar outros plots, sendo tudo simetricamente calculado e executado. Ou seja, em termos de atuação, não teve destoamentos e cada personagem interagiu bem com a história contada, embora algumas escolhas de funções tenham sido meio ''meeh''. A Carmella ter saído com a perna machucada foi uma ótima sacada, pois a volta dela ao ringue a colocou como uma candidata a ganhar. A entrada da Sonya Deville colocou a Mandy como uma candidata também, e o booking da Match, permitiu trazer uma certa imprevisibilidade, e surpresa na hora que Bayley pegou a maleta. Porém, outras participações ficaram meio estranhas como a Natalya e Dana Brooke que em nada contribuíram, e até saíram um pouco do eventual do personagem delas. Dana era para agir como uma underdog e isso não foi aproveitado e Natalya era para ser 'estraga prazeres', e isso também não foi aproveitado.

No mais, os pontos pelo qual o combate não foi melhor, foi mais por uma questão de tempo. Mesmo que o tempo em si tenha sido muito bem utilizado, sem enrolações para partir pro que interessava e construindo muito bem o clímax dentro da própria perspectiva temporal das etapas do combate, para que uma luta onde oito female wrestlers se apresentassem de maneira perfeita, com uma maior quantidade de revira-voltas, mais momentos espetaculosos, como os protagonizados por Naomi e Ember Moon e gerasse uma satisfação maior, seria necessário muito mais tempo de construção, por se tratar de uma Ladder Match com muitas participantes. Então, acabou que em todos os pontos, elas conseguiram executar bem a proposta. Mas faltou algo a mais em tudo para que pudesse ser uma partida incontestável.

United States Championship Match: Samoa Joe (c) vs. Rey Mysterio (w) - DUD



Resultado: Novamente vergonhoso. Como já disse na WrestleMania, o problema não é o Joe vencer o Mysterio ou o Mysterio vencer o Joe. É a forma como isso acontece. Muito se defendeu na WrestleMania a vitória rápida do Joe argumentando que isso seria bom para a construção dele como um Monster Heel. Mas já era previsível que uma hora ou outra o Joe iria perder rápido e 'pipocar' contra alguém. Mesmo tendo um físico monstruoso, já é recorrente a quantidade de vezes que o Joe perdeu de forma patética. Bastou um PPV depois para isso acontecer e jogarem no lixo toda essa possibilidade de se construir um Monster Heel. Monster onde? Samoa Joe perde para qualquer um de maneira humilhante. Infelizmente esse é o nível de booking atual do Main Roster.

Combate: Uma vergonha. Fizeram toda uma Storyline com o filho do Rey, mas em nada isso foi explorado. O combate terminou na velocidade da luz.

Steel Cage Match: Shane McMahon (w) vs. The Miz - 2.00


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.25
Innovation: 0.25


Resultado: Essa rivalidade tem sido muito proveitosa para aumentar a moral do Shane McMahon, vencendo de formas que não descredibilizam o The Miz e permitindo com que Shane conte algumas vitórias desde o seu retorno, porque tadinho, o menino só perde!

Combate: Foi um combate muito curto, com alguns momentos interessantes e um desfecho bem elaborado. Infelizmente houve uma ausência de construção maior. Como um dos combates com maior ponto de interesse do público, foi uma verdadeira decepção. Parece que foi feito unicamente para perdurar ainda mais essa rivalidade e nos deixar ansioso para um terceiro confronto onde possivelmente Miz vencerá. Com isso, nada muito fora do normal de uma Steel Cage Match foi apresentado.

WWE Cruiserweight Championship Match: Tony Nese (c) (w) vs. Ariya Daivari - 3.00


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.50
Innovation: 0.75


Resultado: A obviedade do resultado me permite deixar apenas uma consideração: Se a WWE apostasse no Ariya para carregar o título da divisão, seria um erro tão crasso quanto ter apostado no Enzo Amore um tempo atrás. A proposta aqui é diferente. Esses vilões que vencem a base de screwjob e que sua capacidade de gerar entretenimento dentro do ringue são muito menores do que a dos outros lutadores, não podem em hipótese alguma vencer numa divisão onde o principal ponto de interesse é o que acontece dentro do ringue, a não ser se tiver uma grande storyline por trás que consiga gerar um interesse compensatório. Nem de longe era esse o caso. Então, graças ao bom Deus, não fizeram isso.

Combate: Eu não esperava muita coisa desse combate, e ele conseguiu ser bem melhor do que eu esperava. Não foi uma obra prima (bem longe disso). Ficou claro que se tivessem mais tempo, poderiam ter entregado algo melhor. Ariya conseguiu superar um pouco das suas limitações no Flyppy Shit e conseguiu acompanhar o Tony Nese, que ainda roubou a cena por diversas vezes. A dinâmica foi um ponto muito forte, sem tempo para respirar, com os dois sempre fazendo alguma coisa. E mesmo assim houve uma coerência bem grande nas sequências. A psicologia não foi muito bem trabalhada e o final precoce terminou por preconizar a possibilidade de termos um excelente enfrentamento entre os personagens, que praticamente não houve. Sem nenhuma subversão na trama ou algo inovador, não passou de uma partida com momentos interessantes jogados ao vento aleatoriamente com um certo grau de coerência entre os eventos, que entre si, não foram tão espetaculosos quanto poderiam se fossem melhor trabalhados dentre de um enredo mais consistente.

WWE Raw Women's Championship Match: Becky Lynch (c) (w) vs. Lacey Evans - 2.75


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.75
Innovation: 0.50


Resultado: Não há o que se discutir. Botar Lacey para vencer a Becky sendo que a Becky enfrentaria a Charlotte logo em seguida, não poderia terminar numa vitória dela. O que dá para se discutir é o porquê desse combate vir primeiro que o da Charlotte. Claro que quiseram criar um motivo para que a Charlotte pudesse vencer mais uma vez um título, algo que passou completamente dos limites do exagero, pois ela não cansa de ter uma Title Shot. Então, seria muito melhor que criassem um motivo para a Lacey vencer, colocando a Becky para enfrentar primeiro a Charlotte. As duas teriam um grande combate e com a Becky destruída, a Lacey venceria, e estaríamos dando a oportunidade para uma female wrestler bastante talentosa ter uma ascensão rápida ao topo, ao invés de forçarem ainda mais a Charlotte como campeã. Talvez o grande motivo para tudo isso não ter acontecido foi o fator Bayley com a maleta do Money in the Bank. Mas isso é outra furada que já explico mais para frente do porquê não seria melhor ter acontecido.

Combate: No geral, foi uma partida meio longa e meio fraca. Vou insistir numa crítica à Becky Lynch que eu como fã dela não gostaria de fazer, mas terei que fazer por compromisso com a minha honestidade intelectual. Já é a segunda vez seguida em PPV's que ela vai muito mal dentro de ringue. É sério. A atuação dela está muito discrepante em relação ao potencial dentro do ringue que ela já mostrou inúmeras vezes. Não sei o que aconteceu, mas parece que baixou o espírito de 'Randy Orton' nela que ultimamente ela aplica os golpes numa preguiça tão grande que dá sono. A Lacey também não ajudou em nada, sendo difícil de identificar se era um erro de aplicação ou de sell. Ignorando esses errinhos, a estrutura do combate foi interessante. Mas como a aplicação não pode ser ignorada, a execução dos movimentos foi tão ruim que muitas sequências pareciam bobas e previsíveis, principalmente o desfecho final, onde a movimentação das duas não tinha sincronia nenhuma. De fato, não houve química alguma entre as duas, que mesmo apresentando seus movimentos nos momentos certos e chaves para se conectar com o público, falhou miseravelmente nesse sentido.

WWE SmackDown Women's Championship Match: Becky Lynch (c) vs. Charlotte (w) - 1.25


Storytelling: 0.25
In-Ring Execution: 0.25
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.00
Innovation: 0.25


Resultado: Novamente a Charlotte recebendo uma Title Shot. Parece que ela não pode ter rivalidades secundárias e dar espaço para outras female wrestlers. Não estou aqui questionando a qualidade dela. Ela é uma das melhores female wrestlers do mundo, se não for a melhor, e tem um personagem com um grande respaldo criativo de ser filha de um dos maiores wrestlers de todos os tempos, se não for o maior, que é o Ric Flair. Somado a isso uma Mic Skill que também fica entre as melhores, é natural que ela ganhasse push atrás de push. Só que mesmo nessas circunstâncias todas, o push dela já está beirando ao exagero. Parece muito com o booking feito ao longo da carreira do John Cena, fazendo ele ganhar inúmeras vezes o título principal em curto período de tempo só para aumentar a contagem de títulos. Era óbvio que seria demais se a Charlotte fosse campeã agora e o jeito que acharam de aumentar a contagem dela mas deixar outra pessoa como campeã foi a Bayley usar a maleta. É aquele jeitinho sem sal de tentar usar um artifício podre para forçar a barra de que ela foi inúmeras vezes campeã, mesmo a maioria dos reinados dela durando menos de um mês, como na época que teve a rivalidade com a Sasha Banks. Simplesmente podre! Não tem criatividade para fazer algo decente e faz qualquer coisa.

Combate: Foi rápido como deveria ser em vista das circunstâncias de botar a Becky para lutar duas vezes seguida sem nenhum intervalo de tempo. Algo que, numa ausência grande de explicações, parece uma conspiração dos bastidores para dar uma ajudinha para a Charlotte sempre se manter no topo, mesmo se consideramos somente a Kayfabe, pois não é possível que isso seja uma mera coincidência. Então, foi um combate que com a interferência razoável da Lacey, terminou rápido, com uma certa imprevisibilidade que tentaram mostrar através de alguns roll-up da Becky, mas que de nada adiantou.

WWE SmackDown Women's Championship Match: Charlotte (c) vs. Bayley (w) - 0.50


Storytelling: 0.00
In-Ring Execution: 0.00
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.00
Innovation: 0.00

Resultado de imagem para bayley mitb

Resultado: A respeito de fazerem mais uma vez o booking mais repetitivo dos últimos tempos da WWE, eu só digo uma coisa: Para quê? Para quê mais uma vez fazer o vencedor do MITB fazer o cash-in no mesmo dia, no mesmo PPV. É claro que é algo lógico a se fazer na Kayfabe, pois para quê enrolar para ser campeão? Porém, isso já foi feito muitas vezes nos últimos anos. Qual foi a última vez que tivemos um verdadeiro mr. MITB que tinha rivalidades e rivalidades voltadas só para o momento mais oportuno de usar a maleta, criando uma enorme expectativa no público de quando isso aconteceria? Dean Ambrose fez o cash-in no mesmo dia em 2016, Alexa Bliss fez a mesma coisa ano passado, e agora, Bayley também fez a mesma coisa. Está ficando um pouco repetitivo e estamos perdendo excelentes oportunidades de criar expectativa em volta da maleta. 

Combate: A única coisa boa do combate foi o envolvimento do público.

Single Match: Elias vs. Roman Reigns (w) - DUD


Resultado: Elias está a quase dois anos fazendo sempre a mesma coisa em todos os shows e PPV's, e quase nunca, em nenhuma dessas vezes, envolvido em algo grande ou importante. É sempre um segmento, um combate surpresa ou uma luta pré-programada para alguém chegar e estraçalhar ele. O público continua interagindo. Eu sinceramente já não vejo mais graça, porque eles não mudam o disco. É sempre a mesma coisa.

Combate: Foi o que foi. Um Spear!

WWE Universal Championship Match: Seth Rollins (c) (w) vs. AJ Styles - 4.50


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 1.00
Match Psychology: 1.00
Timing: 1.00
Innovation: 0.75


Resultado: Sim. Chegamos no grande (e um dos poucos) enfrentamento de verdade da noite. Há um certo 'hate' da galera, porque o AJ Styles já lutou com os três membros do Shield pelo título principal e em todas as vezes ele perdeu. Seria essa a oportunidade perfeita para ele vencer alguém do Shield segundo essas pessoas. Porém, é um hate que pro contexto dessa luta em específico não se sustenta, pois se tem alguém dos três do Shield que merece mais vencer o AJ é o Seth Rollins. Então, eu não entendo tanto o chororô em cima disso. AJ nem de longe é subestimado dentro da WWE, como tentam pintar alguns. Ele teve um longo reinado pelo WWE Championship e grandíssimas vitórias e rivalidades. Ele não vai e nem deveria vencer sempre. Agora, o momento é realmente do Seth Rollins, que acabou de vir de uma vitória em cima do Brock Lesnar. Perder agora pro AJ não teria coerência alguma. Talvez em um outro momento, com AJ vindo num momento de construção maior, com um booking mais pesado e mais overall especulativo, seja sim interessante ele vencer o Seth.

Combate: Vivemos para crer e cremos para viver. Era de se esperar o dia em que a WWE emplacaria um combate 4.50 novamente no Main Roster. E que combate nós tivemos. A sintonia dos dois foi uma coisa de outro mundo e só não tivemos algo melhor por incompetência da própria empresa, pois diante das condições oferecidas, eles fizeram milagre e tiraram leite de pedra. Para começar, o tempo fornecido não foi tão grande. Então eles tinham um grande dilema para resolver, que era entregar um luta verossímil, técnica, dinâmica e ao mesmo tempo com evoluções graduais de ritmo e narrativa, para construir um bom clímax. E foi isso que fizeram. Optaram por começar num chain wrestling bastante técnico e envolvente, com transições rápidas e elaboradas, que permite a gente afirmar que o over-booking não estaria presente nessa partida, e que, eles teriam liberdade para produzir algo interessante. Acontece que eles tiveram uma sacada genial de começar com o ritmo acelerado e irem desacelerando aos poucos indo em contramão à importância dos golpes, que, conforme mais expressivos, um pouco mais lento ficava para que eles pudessem atuar a venda dos golpes. Com isso, eles aproveitaram o tempo de maneira perfeita e subverteram a sensação de um ritmo rápido com um tempo andando mais devagar, com muita coisa acontecendo em pouco tempo e ao mesmo tempo, em momentos chaves, uma atuação mais próxima da realidade, com demonstração de fadiga e de danos que davam peso dramático pro combate nos momentos chaves.

Depois dessa etapa, voltaram a acelerar gradualmente, para que tivéssemos a sensação de que o ritmo estava acelerando conforme sequências mais empolgantes eram apresentadas, parecendo que o combate havia tido um background para evoluir gradualmente a sua narrativa, mesmo não tendo. Com isso, a quebra de ritmo não foi tão percebida e permitiu com que o público se empolgasse com os apogeus, que foram baseados em reversões seguidos dos principais movimentos de cada um. Foi tudo muito bem distribuído entre eles, para passar o equilíbrio evidente entre os dois. Em pouco tempo, eles desenvolveram muito bem isso com muitos acontecimentos bem executados que conseguiram se impregnar na memória do público para criar um peso cada vez maior de que um combate longo estava acontecendo, com muitas revira-voltar e um frenético crescimento no ritmo que se intercalava com a importância dada a cada golpe.

Foi daí que o desfecho foi construído na base das revira-voltas, com AJ Styles encaixando sua submissão de maneira inesperada e o Style Chash também de forma inesperada, ao reverter o finalizador do Seth. Com o kickout do Rollins, a emoção começou a falar mais alto e bastou uma sequência final, onde em mais uma revira-volta, o Rollins aplicou três movimentos em sequência para conseguir finalizar o Style. Uma estruturação impressionante e uma aula espetacular de como conseguir usar o tempo ao seu favor. Por mais que claramente não seja um combate digno de 5 estrelas, por não ter sido empolgante e inovador o suficiente, é inegável que em termos de atuação em relação às condições entregadas, Seth e AJ se provaram grandíssimos wrestlers, inclusive com Rollins atuando muito bem nos momentos que envolvem uma maior psicologia, o que muitas vezes foram defeitos recorrentes de sua atuação em outras lutas no passado. Dessa vez ele não comprometeu nesse sentido, e vendeu todos os seus danos com maestria.

WWE World Championship Match: Kofi Kingston (c) (w) vs. Kevin Owens - 3.75


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.75
Innovation: 0.75


Resultado: Qualquer um que vencesse não seria um problema. Owens vencendo seria muito interessante. Ele é um personagem incrível que já mostrou ser capaz de segurar o título. E Kofi, alguém que ninguém imaginava segurando esse título há alguns meses, está sendo um excelente campeão bastante over com o público. Dependeria somente do que a WWE iria querer pro futuro do SmackDown. Se eles quisessem transformar a brand num quintal do cachorrão mais rápido, seria melhor dar o título pro Owens para ele rivalizar com o Roman. Se eles querem dar destaque para outros vilões, seria melhor continuar com o Kofi. No caso, há grandes chances dele enfrentar o Brock Lesnar. Então, acho que foi uma decisão acertada.

Combate: Eles foram eficientes mas pouco criativo, e no seguinte sentido. Por mais que o combate tenha seguido um ritual certinho de como se desenvolve uma match, com início, meio e fim, pelo tempo dado, eles não conseguiram traduzir isso em algo grandioso. Tiveram momentos muito bem trabalhados, mas foram em poucas quantidades. Talvez, o maior defeito foi o excesso de movimentos diretos e a pouca variação nos golpes utilizados, com muitas reversões de moves elaborados que terminavam em simples socos. Acabou por ser monótono em grande parte do tempo, com raras exceções onde de fato sequências muito bem feitas foram realizadas. A história em si, explorou muito quem seria o vencedor e em alguns momentos eles pecaram em criar sintonia com o público, como no momento em que o Kofi foi por as mãos nas cordas. Owens enrolou tanto para fazer o pinfall que ficou óbvio que o Kofi colocaria o pé na corda. A única surpresa foi ele ter usado a mão, o que me faz perguntar: Se ele ia usar a mão de qualquer jeito, porque o Owens não fez o pinfall segurando as duas pernas, ou a perna direita, para criar uma imprevisibilidade um pouco maior? São detalhes que fazem muita diferença na psicologia da partida. Psicologia e execução de ações com toques de realismo e garantindo imprevisibilidade, são essenciais e devem estar em sintonia. Vai ser um combate lembrado apenas por ter tido algumas sequências boas, mas nada empolgante ao ponto de vibrarmos verdadeiramente com ele.

Men's Money in the Bank Ladder Match: Andreade Cien Almas vs. Ricochet vs. Drew McIntyre vs. Finn Balor vs. Baron Corbin vs. Mustafa Ali vs. Randy Orton vs. Brock Lesnar (w) - 4.25


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 1.00
Match Psychology: 0.75
Timing: 1.00
Innovation: 1.00


Resultado: Vou dividir minhas considerações em dois pontos. Primeiro, a respeito da distribuição de funções de cada um e quanto cada um apareceu. Quem ficou devendo? Baron Corbin, Almas (apesar de ter tido o melhor spot do combate) e Ricochet. Quem se sobressaiu? Finn Balor (mais apanhando do que batendo), Drew, Orton e Ali. Esse último inclusive, que nesse tipo de partida, tem se destacado bastante, parecendo que a WWE quer brincar com a gente, com ele sempre batendo na trave e fazendo a gente pensar no meio do combate que finalmente o Ali terá seu grande push. Enfim, já acho que só dele bater na trave já é um grande push, pois não vejo em questões de personagem e mic skill a possibilidade de Ali render como um dos 'grandes'. Orton foi essencial e bem valorizado, mas sumiu no final. Drew foi responsável pelos principais spots. Almas fez o spot mais belo do combate, mas só fez isso praticamente. De resto, só apanhou e não participou dos principais momentos, não sendo nem cotado para ganhar. Balor chegou perto de ganhar e nesses momentos apanhou feito uma mula grávida. Ricochet tadinho, só fez uma graça no início e depois nunca mais. Corbin fez algumas graças mas não chegou nem perto de ganhar também.

Segundo, a escolha pelo Brock Lesnar foi simplesmente GENIAL. Sério, foi a melhor escolha possível para ganhar. Eu não entendo essas pessoas que não gostaram. Como? Como não gostar disso? O cara nem escalado estava pro combate e mesmo assim ganhou surgindo só no final do combate. Vai me dizer que isso não é um booking genial? É por essas e outras que a WWE sempre vai se manter no topo. E sabe qual é o mais engraçado de tudo isso? É vocês acreditarem (tomara que não tenham acreditado) que eu estou falando sério! Apenas estou parafraseando o Chris Jericho que assim como eu, bateu continência para a genialidade dos criativos da WWE. O cara que teve a ideia de fazer isso merece um óscar de melhor roteiro da história dos cinemas mesmo a WWE não sendo um filme de cinema. É um sacrilégio não considerar o gênio por trás disso como um DEUS. Isso mesmo, DEUS! Pois ninguém na face da terra teria a capacidade desse gênio em pensar tão meticulosamente o resultado desse combate como ele pensou. Eu no lugar do resto dos lutadores me DEMITIRIA da empresa pois eu me sentiria desonrado de estar no mesmo recinto que o gênio que teve essa ideia. É um pecado se achar merecedor de dividir o mesmo oxigênio que ele. Sua inteligência passou de todos os limites do inimaginável. Resta a nós agradecer por existir esse gênio. Quem foi o gênio? Vince? Pois eu gostaria muito de olhar nos olhos dessa pessoa, por mais desonrado que eu fosse por não poder em hipótese alguma ter esse privilégio, e dizer: UAU!

Combate: Por tudo o que aconteceu eu acreditava fielmente que era o melhor combate da noite, até que uma certa musiquinha tocou, um certo alguém entrou, e jogou por água a baixo toda a construção que o combate teve e jogou no lixo toda a história contada, mostrando que dentro das regras do próprio mundo que é o universo WWE não há consequências. Qualquer coisa é possível. São regras que durante anos foram estabelecidas para a gente ter uma ideia de como funciona o mundo. Todos sabemos que não faz sentido algum alguém se apresentar no final de uma partida do MITB, entrar depois de todo mundo sem ter se apresentado antes e ganhar. Ainda assim, fizeram isso, e simplesmente, cuspiram na nossa cara dando uma mensagem clara de que qualquer coisa, independentemente de ser absolutamente incoerente com as próprias regras já pré-estabelecidas, pode acontecer.

O objetivo? Deixar a gente com raiva ou mostrar que o universo da WWE é imprevisível? Não importa. Existem termos claros para isso, que é, basicamente, falta de qualidade e furo de roteiro. São situações onde não existem lógica mesmo quando era para haver uma. Uma vez que a lógica é rompida, se torna algo banal. E a banalidade termina por enterrar de vez qualquer narrativa. Não fosse um excelente combate antes construído, isso seria com certeza um combate digno das piores notas possível num Star Ratings. E não se trata só de Star Ratings. Se trata de entretenimento. Muita gente na crowd comemorou a entrada do Brock, por ser um retorno inesperado num momento inesperado, e que, pela lógica, entraria ali apenas para impedir que Ali ganhasse. Mas não, mesmo os que comemoraram ele chegando, quando viram ele pegar a maleta, só restou a cara de trouxa como se tivessem jogado um balde de água fria na cabeça. Uma vez que fazem algo como isso, eles tiram o nosso chão que eles mesmo construíram. Eles nos introduziram a um universo com determinadas regras, que se não seguidas, demonstra apenas que eles não tem criatividade alguma para criar consequências para as ações e reações dentro do enredo criado. O enredo da WWE envolve uma gama de personagens num universo próprio, com diversos tipos de lutas, rivalidades e histórias, que no geral, funcionam como um eterno livro de ficção. Parece que por ser ficção, eles acham que tudo pode acontecer. Mas quando essa obra de ficção começa a quebrar as regras estabelecidas pela própria ficção, sem nenhuma consequência, justificativa, banalizando todo o enredo, nos mostra apenas que aquela ficção não pode ser levada a séria se imergirmos nela como algo que queremos entender.

E já não é a primeira vez que isso acontece. O fato notório, é que diante de tantas histórias já contadas e uma dificuldade exacerbada de fazer com que a Kayfabe fique mais forte nos tempos atuais, como eram antigamente, acaba-se a criatividade para fazer novas histórias, com eventos inovadores e empolgantes nunca antes vistos. Dessa falta de criatividade, fica a necessidade de tentar inventar algo novo às custas da coerência do próprio enredo. Daí nasce a possibilidade de alguém que não estava escalado na luta, entrar e pegar a maleta e vencer o MITB. A dois anos, a Carmella venceu com o James pegando a maleta no lugar dela, mostrando que já não é a primeira vez. Quando essas coisas acontecem uma vez ou outra, você até consegue perdoar mesmo destacando que era melhor que aquilo não tivesse acontecido. Mas quando esse tipo de coisa acontece várias vezes seguidas, a gente começa a não levar esse mundo de ficção a sério, e sim, como uma grande piada onde eventos aleatórios acontecem. E pior do que sentir raiva, a gente sente apatia, que é talvez o sentimento no público que a WWE mais tem medo de gerar. A WWE nunca viu problemas em gerar raiva. Agora, apatia, é a morte do negócio. Um público que não vibra, por já não ter expectativas em relação à empresa que insiste em fazer cagada atrás de cagada, faz com que, mesmo em momentos que deveríamos sentir raiva, não sentimos nada. Sentimos apenas desprezo, de tão ridículo é o que está acontecendo.

O que vai acontecer na próxima vez? Nós vamos descobrir no final de uma Single Match no Main Event de uma WM que na verdade era uma Triple Treath Match, e o Roman vai entrar no final da partida, fazer um Spear na Charlotte e na Becky Lynch e se tornar SmackDown Women's Championship? Pois sinceramente, o booking dessa partida beirou a esse ridículo. Esse tipo de coisa faz com que a gente não duvide de mais nada. Daqui a pouco um orangotango estreia na WWE e ninguém vai se surpreender. Perderam totalmente a noção do bom senso, e na tentativa de virar manchete, apelam para as coisas mais ridículas parecendo o Zorra Total ou a Malhação da Globo. Num combate onde houve uma estruturação quase impecável, com lindos spots, sequências primorosas, ótimos usos das escadas, grande inovação, terminar dessa forma é um desrespeito não a só nós fãs, mas aos lutadores que ali estava presentes e que, por decisão da WWE, não sabiam que Brock iria ganhar. Em dinheiro a WWE está nadando. Em credibilidade, noção, senso do ridículo e qualidade, não! 



Então galera, esse foi o HOW Star Ratings de hoje. Deixem suas opiniões e avaliações nos comentários, não deixem de interagir e de compartilhar essa análise com seus amigos. Nos vemos no próximo HOW Star Ratings!

quinta-feira, 11 de abril de 2019

HOW Star Ratings - WWE WrestleMania 35

Olá galerinha da House of Wrestling, aqui quem escreve para vocês é Josué Elias, colunista da HOW, trazendo mais um HOW Star Ratings, e dessa vez analisando e avaliando os combates que aconteceram no WWE WrestleMania 35 que ocorreu no último Domingo, dia 7 de Abril. Então, sem mais enrolações, vamos às análises:


WWE Universal Championship Match: Brock Lesnar (c) vs. Seth Rollins (w) - 1.00


Storyelling: 0.25
In-Ring Execution: 0.25
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.00
Innovation: 0.00


Resultado: A WrestleMania teve como combate de abertura Brock Lesnar e Seth Rollins. Pelo nível do combate, foi uma boa abertura. Mas esse combate tinha um peso muito maior. Colocá-lo no início é um desperdício. Sobre a vitória (meio inesperada) de Seth Rollins, não era o mais óbvio, mas com certeza era o melhor resultado. O único receio que tínhamos era se Brock iria continuar com o título, e graças ao bom Deus, isso não aconteceu. Não dá mais pro Brock continuar segurando o Universal. Quando pensávamos que tínhamos nos livrado dele no ano passado, com a leucemia de Roman, ele volta para testar a paciência do Universo WWE. Agora, com Seth segurando o título, podemos ter enfrentamentos interessantes. O principal seria o próprio Roman Reigns enfrentando Seth Rollins.

Combate: Um combate ridículo, mas que já esperávamos que ia ser assim. Com a importância que a WWE deu a essa rivalidade, não dando o Main Event da WrestleMania pro combate, já podíamos esperar que o principal motivo, é que o combate seria um fiasco. E realmente foi. Um punhado de Finishers do Seth foi o suficiente para vencer Brock, num combate que durou menos de 2 minutos.

Single Match: AJ Styles (w) vs. Randy Orton - 3.25


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.75
Innovation: 0.50


Resultado: Admito que a minha preferência pelo vencedor do combate seria o AJ Styles. Randy Orton já deu o que tinha que dar para a WWE. Hoje, o melhor papel para ele é de escada pros talentos da nova geração. AJ não é bem de uma ''nova geração'', já que tem uma idade avançada, mas ainda pode ser considerado um nome novo da WWE que se consolidou rapidamente entre os grandes. Espero que o AJ receba mais oportunidades pelos títulos principais.

Combate: Foi um combate arrastado, sem emoção e brilho na atuação. Recentemente, AJ não tem tido grandes atuações e se limitou a fazer o seu 'normal'. Randy sempre foi preguiçoso dentro de ringue. Desse jeito, não vimos nada de muito diferente das duas partes. O ritmo foi muito lento em momentos que era preciso uma velocidade maior para manter o interesse do público. Em momentos chaves, que foram mal construídos, como a submissão na perna do Randy e o RKO, não tivemos a empolgação e expressão na aplicação necessária. Faltou energia nesses pontos e isso foi devidamente punido pela Crowd bastante sonolenta, que de vez em quando, se empolgou alguns movimentos do AJ, como o 450º Splash e a Cotovelada Fenomenal, e o Super Plex do Randy.

WWE SmackDown Tag Team Championship Fatal-4-Way Match: The Usos (Jey Uso & Jimmy Uso) (c) (w) vs. The Bar (Sheamus & Cesaro) vs. Shinsuke Nakamura & Rusev vs. Ricochet & Aleister Black - 3.25


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 1.00
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.50
Innovation: 0.75



Resultado: Sem grandes surpresas, The Usos reteve o título, o que acredito ser a decisão correta. Uma troca aqui, nessa situação seria desnecessária, até porque teríamos ainda muitas trocas de título a seguir.

Combate: Completamente ao contrário do último combate, essa Fatal 4 Way de Tags teve energia de sobra, com movimentos rápidos, um ritmo acelerado e golpes bem trabalhados. Infelizmente, teve um pouco menos de tempo, que seria necessário para contar uma narrativa linear. Sem esse tempo, a narrativa foi apressada e até mesmo a atuação psicológica dos personagens foi bem ausente. O combate acabou por se tornar um circo de movimentos aleatórios que não se integravam ou faziam sentido e muitos plots narrativos desestruturados e desorganizados nas sequências. O final também foi um pouco anti-climático, pois estava se encaminhando para algo interessante, que infelizmente acabou precocemente.

Falls Count Anywhere Match: Shane McMahon (w) vs. The Miz - 2.75


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.50
Innovation: 0.50



Resultado: Fazia mais sentido o The Miz vencer, mas eu gostei da vitória do Shane, pois ele costuma perder bastante. E o jeito que a vitória dele aconteceu foi genial, pois ela faz com que The Miz saia por cima, mas que por um pequeno azar, ele sai perdendo, enquanto Shane pode contabilizar uma vitória em PPV que tem faltado muito a ele desde que retornou à WWE.

Combate: Apesar do desfecho ter sido bom pro resultado, para a qualidade do combate, ele aconteceu no momento errado. Se quiséssemos ter algo grandioso, evidentemente que o combate teria que continuar, com muito mais plots, interações, movimentos e revira-voltas. Basicamente o Shane dominou no início, o pai do The Miz apareceu (participação interessante) e foi atacado, e daí em diante o The Miz dominou o resto do combate. Houve pouquíssimas revira-voltas. E as revira-voltas são extremamente importante para gerar um atrito estimulante ao público que está assistindo, pois gera imprevisibilidade e apreensão pelo desfecho. Essa apreensão não foi estimulada, pois o Shane pouco reagiu quando foi dominado. Ainda assim, o final foi bem interessante.

WWE Women's Tag Team Championship Match: Sasha Banks & Bailey (c) vs. The Iiconics (Billie Kay & Peyton Royce) (w) vs. Nia Jax & Tamina vs. Natalya & Beth Phoenix - 2.25


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.25
Timing: 0.50
Innovation: 0.50



Resultado: The Iiconics venceu e não curti o resultado. Achei uma troca desnecessária e acho que dentre as quatro, a pior dupla possível para vencer era elas, perdendo por pouco para Nia e Tamina. Eu preferia que a Sasha e a Bayley continuassem com o título, pois elas são as melhores, de longe, no ringue dentre todas as que estão aí, e seria interessante vê-las defendendo o título de tags numa 2-on-2. Agora, com The Iiconics, sinceramente, espero que o reinado acabe o mais rápido possível. Entendo quem goste delas, mas acho as duas Wrestlers muito fracas e com personagens bem genéricos. Não vejo nelas capacidade de gerar empolgação com o reinado delas.

Combate: Foi um show de horror de tão fraco que foi esse combate. O principal problema é que boa parte das lutadoras que estavam no ringue estavam aplicando muito mal todos os golpes. Com exceção da Bayley, Sasha e Natalya, o resto tudo podia botar num saco e jogar no lixo. Aplicações de golpes horrorosas, sem expressividade, com uma movimentação sem naturalidade, dando pinta total do ensaio de sequências. Um dos principais meios para se atingir o público emocionalmente, é quando você atua nas sequências de movimentos de forma que não passa a entender que aquilo foi ensaiado. Isso é fundamental para a psicologia de qualquer combate, pois passa realismo, e realismo gera emoção. As sequências eram tão mal reproduzidas que parecia elas estavam de fato ensaiando para a luta. Dos poucos momentos interessantes que tiveram, foi quando essas três citadas apareciam para fazer algum movimento. A Beth Phoenix começou mal mas melhorou no final, quando aplicou seu finalizador da terceira corda. E só não foi pior porque as sequências de movimentos foi bem estruturada, pois a atuação e a aplicação foi de matar até zumbi que tomou um elixir da imortalidade.

WWE Championship Match: Daniel Bryan (c) vs. Kofi Kingston (w) - 4.25


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 1.00
Timing: 1.00
Innovation: 0.75



Resultado: Sim. KofiMania venceu e esse foi o resultado mais satisfatório da noite, por ter sido um fan-service que finalizou muito bem a ótima rivalidade que ambos tiveram. A WWE acertou em cheio em todos os quesitos e acredito que pelo fiasco que foi o Main Event (falo disso mais adiante), se a WrestleMania tivesse tido esse combate como Main Event, teria sido um encerramento muito melhor e mais condizente com o que é uma WrestleMania. O único erro de fato, foi ter deixado esse combate pro início do Main Show quando ainda teria diversos combates inúteis pela frente e com a luta pelo título principal do Raw ter sido na abertura.

Combate: O melhor combate da WrestleMania 35 foi Kofi contra Daniel. Não foi tudo perfeito, mas foi bom o suficiente para estar bem acima da média desse PPV, que novamente, foi muito fraco. Começamos com uma excelente etapa inicial, sem afobação, sem aceleração desnecessária, sentindo o público e construindo um background para as etapas seguintes. O interessante, é que numa WrestleMania em que a Crowd está meio morta, foi fundamental que eles deixassem o Kofi dominar o início, pois com o ritmo desacelerado, para não perder o público pro sono, o Kofi por cima deixaria o combate mais vivo, dando até mesmo esperanças de que aquela seria a noite dele. Depois, o Daniel Bryan, com algumas submissões e dropkicks ficou a frente por um breve momento, para gerar um atrito que faria Kofi reagir por necessidade. Kofi aplicou diversos movimentos interessantes em sequência e fugiu de todas as tentativas de finalizar o combate por parte do Daniel, mantendo a plateia acesa e acelerando o ritmo para apresentação de sequências mais rápidas e diretas.

O combate começou a ficar movimentado, e a sacada deles foi fazer com que Daniel quebrasse o ímpeto do Kofi com alguns requintes de crueldade, aplicando normalmente seus golpes mais vistosos. Não pouparam o Daniel simplesmente porque ele era Heel, algo que é costume do setor criativo impor nas lutas. Ao mesmo tempo, ele conseguiu canalizar o ódio do público e aumentar o ensejo de torcerem por uma virada do Kofi Kingston, que devolvia menos os golpes diretos. Dominado, a apreensão subia vagarosamente conforme o ritmo aumentava. Big E e Xavier foram fundamentais na interação com o público que se envolvia bem com os acontecimentos, conforme eles iam se aproximando de um desfecho. Não houve muita interação entre o Kofi e o Daniel, o que dificultou nessa altura do combate a abertura para uma tensão psicológica maior entre os personagens. O único momento que houve essa interação maior, acordou o público como divisor de águas para a etapa final.

Daniel começou a chutar sucessivamente o Kofi, que se levantava e tentava resistir na base da adrenalina cada golpe. Aquela demonstração de vigor e de vontade deu um clima novo pro combate, deixando de ser meramente técnico e se tornando uma guerra pela vitória. O público entendeu, e embora eles tenham demorado um pouco para atender essas expectativas, os principais movimentos começaram a aparecer. Daniel deu kickout do finisher de Kofi. Inteligentemente, o combate passou a ser do lado de fora, com Daniel deitado e Erick Rowan impedindo que Kofi pegasse o Daniel para tentar finalizá-lo. Isso deu a abertura para a participação do Big E e do Xavier, para tentarem atacar o Erick, e eles foram úteis apenas para apanhar e permitir com que o Kofi finalizasse com o Trouble in Paradise o Erick Rowan. Nesse momento, acredito que apesar de levar o combate para fora fosse a ideia correta, a execução daquela sequência foi mal feita e mal trabalhada. Poderiam ter tido um embate mais significativo e um pouco mais demorado, com mais movimentos espetaculosos, e com uma participação melhor do Big E e do Xavier, que apenas aplicaram seu Finisher. Talvez, quebrar o Erick em cima de uma mesa seria a melhor pedida. O importante, é que esse acontecimento do lado de fora permitiu uma revira-volta do Daniel dentro do ringue que fizesse sentido, com ele aplicando seu finalizador no Kofi, que deu um kickout que se sacramentou como o momento mais emocionante do combate. Dali em diante, bastou uma sequência, onde Kofi finalizou Daniel e fez o público ir ao delírio.

No geral, foi um combate onde o ritmo, o tempo em que aconteceu cada evento, a organização das sequências e a psicologia foram perfeitamente bem trabalhadas. Faltou uma tensão maior entre os personagens, que explorasse mais elementos do enredo da rivalidade, e por mais que os movimentos tenham sido bem aplicados, faltou uma elaboração maior em momentos chaves.

WWE United States Championship Match: Samoa Joe (c) (w) vs. Rey Mysterio - DUD




Resultado: Samoa Joe reteve o título americano, o que foi uma decisão correta. A forma como essa decisão foi executada é que foi ridícula. Rey Mysterio merece mais respeito do que perder dessa forma humilhante, para alguém que costuma perder bastante dessa forma humilhante. Samoa Joe e Rey Mysterio são dois Wrestlers que são muito mal utilizados no Main Roster. Rey tinha até voltado causando um barulho e parecendo que teria uma passagem melhor que a última. Basta essa WrestleMania para perceber que provavelmente, isso não vai acontecer. Uma pena.

Combate: O combate foi tão curto que eu nem lembro se eu assisti ou não.

Single Match: Drew McIntyre vs. Roman Reigns (w) - 1.75


Storytelling: 0.25
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.25
Timing: 0.50
Innovation: 0.25



Resultado: O resultado era previsível. Uma vitória do Drew em cima do nome mais Over-push dos últimos anos era quase impossível, mesmo que ela fosse bastante interessante de acontecer, pois Drew pode ser um excelente nome para ser construído para enfrentar o Seth Rollins e até mesmo fazer grandes rivalidades com muitos outros Wrestlers. Uma vitória sobre o Roman Reigns nessa WrestleMania o consagraria como alguém maior do que ele jamais foi na carreira. A WWE não quis assim, e eu acho uma pena. Ao menos, o Roman Reigns, que é um bom Superstar, volta em grande estilo, com uma grande vitória.

Combate: Grande vitória de Roman em mais um péssimo combate. Roman não fez nada demais em relação ao que ele sempre faz, e por mais que Drew tentasse carregá-lo para uma boa luta, Roman não colaborou muito. Se eles estivessem numa sintonia maior, poderia ter saído algo interessante. Também não tivemos tanto tempo assim para eles apresentarem, mas a lentidão de Reigns colaborou bastante para que esse tempo não fosse tão bem utilizado. O ''cachorrão'' voltou mal.

No Holds Barred Match: Batista vs. Triple H (w) - 3.50


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 1.00
Innovation: 0.50


Resultado: Qualquer resultado aqui era aceitável. Sinceramente, foi uma boa marcarem esse combate para a WreslteMania, para ser um ''carro-chefe'' de Marketing, já que seria um PPV sem Undertaker e John Cena lutando. Porém, pela idade dos dois, ninguém se empolgou tanto, pois eles são um tanto ''ultrapassados'' ao que o Pro Wrestling atual existe.

Combate: Não dá para dizer que eles não tentaram. Eles nos deram grandes momentos chaves, com grandes Spots. Em outras questões técnicas, foram péssimos. O ritmo foi muito lento. Pareciam duas velhas caquéticas lutando, sem velocidade, sem grandes movimentos para quebra de etapas e execução de apogeus. Não fosse os Spots muito bem aplicados, esse combate seria um fiasco total, bastante sonolento e cansativo. Apesar disso, a sensação do tempo na luta foi normal. Entendiante mesmo foram os próprios movimentos, e não como eles foram sequenciados na linha temporal. Tudo ocorreu como tinha que ocorrer, excedendo o fato de não ter muita emoção ou energia na aplicação, e nem sequer, o mínimo de elaboração, fora os momentos mais empolgantes.

Single Match: Kurt Angle vs. Baron Corbin (w) - 1.25


Storytelling: 0.25
In-Ring Execution: 0.25
Match Psychology: 0.25
Timing: 0.25
Innovation: 0.25



Resultado: Muita gente não gostou, mas eu concordei. Essa WrestleMania já estava bastante ''fan-service''. Baron Corbin ganhar deixaria ela um pouco menos fan-service. E se colocarmos que Baron precisava mais dessa vitória que o Kurt, sabemos que a decisão foi acertada. Alguém pode questionar que Baron não teria cacife para vencer o grandioso Kurt Angle. Se fosse o Kurt do passado, eu concordaria plenamente. Mas o Kurt atual, semi aposentado, fora de forma e velho, sinceramente, é loucura dizer que Baron não teria cacife para vencê-lo. Só acho que era melhor que esse combate nem sequer tivesse acontecido. Ninguém ligava para ele e ele só serviu para tirar tempo de lutas mais importantes. A WWE anda pecando muito pelo excesso de combates nos PPV do Main Roster.

Combate: Mais um combate inútil cuja qualidade foi igualmente inútil. É um desprazer ter que avaliar um combate de tão baixo nível técnico. Kurt não tinha qualquer condições de entreter alguém do jeito que está, e Baron não tem condições de carregar ninguém numa luta. Com um tempo ridículo, essa foi única coisa acertada desse combate. Com um tempo menor, a gente pode ter o prazer de que essa inutilidade acabe mais rápida.

WWE Intercontinental Championship Match: Bobby Lashley (c) vs. 'The Demon' Finn Balor - 2.00


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.25
Timing: 0.25
Innovation: 0.50



Resultado: O Demon ainda não perdeu em PPV's e a Streak continua. Resultado correto e que nos dá esperança de que essa Streak seja mantida ainda por muito tempo, para ser quebrada numa luta de maior importância, num palco igualmente de mesmo peso.

Combate: Apesar do pouquíssimo tempo, os dois foram muito bem nas suas atuações e entregaram algo primoroso. Foi muito pouco acontecimento para ser bem avaliado, e dentro do que podiam entregar, nas circunstâncias que foi dada a eles, conseguiram entregar algo empolgante, com movimentação muito rápida e alguns movimentos grandiosos. O Spear do Lashley foi sensasional e as sequências do Balor foram espetaculares. Com um final precoce, entretanto, tivemos algo que poderia ser grandioso sendo encerrado por conta de uma sequência escolhas estúpidas da empresa, em enfiar um monte de combate desnecessário em um evento de mais de 6 horas duração.

WWE Raw/SmackDown Womens Championship Triple Treath Match: Ronda Rousey (c) vs. Charlotte Flair (c) vs. Becky Lynch (w) - 3.00


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.75
Innovation: 0.50



Resultado: Becky Lynch levou os dois títulos. A forma como aconteceu eu vou abordar mais a frente. A escolha do que aconteceu foi a melhor. Fazer a Ronda vencer seria pior para o prosseguimento da carreira dela na empresa. Enxergariam ela como algo que a WWE quer forçar só pelo Marketing, o que seria nocivo, já que, pelo que ela vem apresentando dentro do ringue, ela merece ser aplaudida, e não vaiada. Já a Charlotte, o motivo é quase o mesmo. Só que aí não seria pela fama, e sim, pela qualidade dela e pelo nome ''Flair''. Ela ser vaiada não é grande problema. O problema mora no fato de que ela já ganhou muita coisa nos últimos anos e quebrou muitos recordes. Fazer ela ganhar agora seria uma forma de não ''repartir'' grandes feitos e quebra recordes que outras Wrestlers merecem tanto quanto ela. Avaliando o momento da Lynch, principalmente com o público, e a construção que ela recebeu nos últimos meses, ela era o nome ideal para segurar os dois títulos.

Sobre esse combate ser Main Event, pelo Marketing em cima dele, e pelo momento da Divisão Feminina na WWE, e a falta de grandes combates e rivalidades masculinas bem construídas para esse evento, foi plenamente merecido e ideal. Evidentemente que elas precisariam protagonizar um grande combate do nível de um Main Event de WrestleMania, algo que, pelo que as três vinham apresentando, era perfeitamente possível e até mais fácil de acontecer do que em muitos outros combates. O nível de empolgação do público para esse combate era gigantesco. O tamanho dele em grau de importância, colocando os dois títulos em disputa, era gigantesco. E a forma como toda a rivalidade entre as três foi construída, foi exemplar. Era a melhor, maior e mais importante rivalidade que tínhamos para essa WrestleMania. Faltava apenas isso se concretizar dentro do ringue. Infelizmente, não se concretizou como o esperado, pois a WWE tem a terrível mania de ter uma mina de ouro nas mãos e jogar tudo pelo ralo como se fosse nada.

Combate: Terrível. Para o nível de um Main Event, ou que teria que ser um Main Event de WrestleMania, já que nos acostumamos com pouco nos últimos anos, esse combate foi literalmente terrível em muitos aspectos. O primeiro de tudo, a Crowd foi apática, e novamente, não a culpo. Um PPV com 2 horas de Kick-off e mais 6 horas de duração, é natural que no final, todos estejam cansados. Soma-se a isso o fato de 80% dos combates que eles viram terem sido uma verdadeira bosta, com boa parte deles inúteis, que nem deveria ter acontecido e com o costume que foi criado no Main Roster ao longo de anos de os PPV's serem um desastre em termos de qualidade, é natural que ninguém se empolgasse tanto. Iria depender única e exclusivamente das três mulheres que iriam lutar, se elas iriam conseguir acordar a Crowd ou não. E pelo o que apresentaram, a Crowd fez muito bem em ter dormido o combate todo.

Como já disse, um dos fatores mais importante para um público se importar com um combate, é a aplicabilidade dos golpes. Quanto mais realista forem os movimentos e o impacto desses movimentos, mais chances da Crowd se importar com o que ela está vendo. Não sei o que houve com as três, mas elas estavam muito abaixo do seu nível habitual no quesito aplicabilidade dos movimentos. O impacto dos golpes estava muito aquém do desejado e houveram até mesmo alguns errinhos básicos, como se equilibrar corretamente para executar um movimento mais complexo. A Becky era de longe a pior dentro do ringue. Não acertou quase nada do que se propôs a fazer. E com não acertar, não quero dizer que ela cometeu inúmeros botches. Eu quero dizer que a aplicabilidade dela estava apenas muito longe do que ela mesmo costuma fazer em termos de realismo. A Charlotte, que foi a melhor em ringue, também não estava num bom dia, e foi atrapalhada muitas vezes pelas outras duas que erram diversas vezes na hora de vender os movimentos. Além disso, resolveram começar o combate pelo meio, com um ritmo muito acelerado, que geralmente nesse tipo de combate é algo bom, mas que na verdade, deu o efeito contrário. Com a aplicação horrível das três e alguns movimentos que não faziam tanto sentido, aquele ritmo acelerado deu uma sensação de que tudo estava desorganizado e que elas não sabiam o que fazer. Para piorar, muitos movimentos foram repetidos diversas vezes, sem ter nenhuma variação. Quando não se quer ter uma variação tão grande, é necessário adotar outra dinâmica. Se você faz um combate tão rápido, repetindo movimentos de maneira excessiva, as repetições não impactam tanto o público, principalmente se forem mal feitas.

Ronda aplicou quatro vezes a sua joelhada e derrubou as outras duas dez vezes puxando o braço delas. Charlotte havia acabado de aplicar um Spear duplo, e depois aplicou um Spear mal vendido pela Becky. Ela ainda foi tentar uma terceira vez o Spear que foi revertido numa movimento mal feito, já que ela não pulou alto o suficiente para quebrar ao meio a mesa que estava no córner. A Becky não parava de tentar aplicar o Finisher dela desde o início do combate, mesmo quando não fazia sentido, em muitos momentos, com as três lutadoras dentro do ringue. Porém, o combate ainda podia ter alguma salvação. Alguns movimentos saíram da maneira desejada e algumas sequências eram bem elaboradas. Quando finalmente parecia que as três iam engatar um desfecho emocionante, com diversas revira-voltas e recheado de Spots e movimentos espetaculosos, o combate acaba com um Roll-Up novamente mal aplicado, já que os ombros da Ronda se descolou duas vezes enquanto a contagem continuava. Um desastre. Era a pior coisa que podia acontecer, pois como o combate ainda não tinha tido tantos momentos grandiosos, terminá-lo ali seria bastante precoce. Tudo ocorria normalmente, se você ignorasse todos os erros que tinham tido até ali, até que, resolvem encerrar o Main Event de uma maneira quase que inexplicável. Pelo tamanho do combate, pela importância que foi dada, não é possível que alguém tenha planejado que o combate terminasse de uma forma tão broxante. Imagine vocês, Stone Cold contra The Rock na Attitude Era, terminando com um Roll-Up antes de todos aqueles finalizadores finais? Ia ser uma catástrofe. Não dá para acreditar que o primeiro Main Event feminino na WreslteMania termine dessa forma. É um absurdo sem precedentes.









Então galera, esse foi o HOW Star Ratings de hoje. Deixem suas opiniões e avaliações nos comentários, não deixem de interagir e de compartilhar essa análise com seus amigos. Nos vemos no próximo HOW Star Ratings!

segunda-feira, 8 de abril de 2019

HOW Star Ratings - NXT TakeOver "New York" 2019

Olá galerinha da House of Wrestling, aqui quem escreve para vocês é Josué Elias, colunista da HOW, trazendo mais um HOW Star Ratings, e dessa vez analisando e avaliando os combates que aconteceram no NXT TakeOver: New York 2019 que ocorreu na última Sexta-Feira, dia 5 de Abril. Então, sem mais enrolações, vamos às análises:

NXT Tag Team Championship Match: War Raiders (Hanson & Rowe) (c) (w) vs. Ricochet & Aleister Black - 4.75


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 1.00
Match Psychology: 1.00
Timing: 1.00
Innovation: 1.00


Resultado: Não se sabe o que a WWE está planejando para Aleister Black e Ricochet. Pessoalmente, acredito que Ricochet poderia começar a rondar a disputa pelo NXT Championship, enquanto o Aleister Black já deveria ter subido integralmente pro Main Roster. Pensando por essa perspectiva, seria errado entregar o título de Tags para eles, a não ser se eles perdessem rápido o título. E entre eles perderem rápido e os War Reiders terem um reinado mais longo, eu prefiro um reinado mais longo.

Combate: Faltou muito pouco para a perfeição. É na verdade quase impossível elencar defeitos nesse combate. O que é possível elencar é que o combate estava tão bom, que o final um pouco mais simplório não deu conta de acompanhar o nível do resto do combate. O final exigia algo mais grandioso do que realmente foi, pois o combate em si foi grandioso. Eles apostaram bastante no casamento entre as duplas, com Aleister ficando com Rowe e Ricochet ficando com o Hanson. A proposta foi bastante explorada e isso deu para construir uma química boa entre eles, onde as interseções entre as performances das duplas se alinhavam com o cruzamento entre elas, como indicativo dos apogeus da estrutura da narrativa. Aleister e Rowe foram geniais em guardar os movimentos direto como sinal de respeito, com um toque de ''toma cuidado comigo''. Ricochet e Hanson, não repetiram a mesma química dos outros dois e focaram muito mais nas suas qualidades acrobáticas, disputando a hegemonia nesse setor. Basicamente, cada personagem cumpriu sua função básica de maneira que a interação entre eles soasse natural e facilmente digerida pelo público, que se envolveu fortemente com a narrativa em todos os momentos. Portanto, o terreno para o aumento do ritmo gradativo e o aumento da expressividade dos golpes foi bem forrado, e eles tiveram apenas que seguir o percurso de fazer movimentos cada vez mais empolgantes e espetaculares, todos muito bem encaixados e executados, com nearfalls exuberantes e spots complexos, sem quebra de ritmo e sem destoar da atmosfera do público, que foi intensa na contribuição para a execução das principais sequências. Uma das melhores lutas de Tag da história do NXT e da WWE, que não obstante, foi premiada com uma salva de palmas quase eterna às duas duplas, principalmente aos derrotados Ricochet e Aleister Black, que foram perfeitos nas suas atuações. 

NXT North American Championship Match: Velveteen Dream (c) (w) vs. Matt Riddle - 4.50


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 1.00
Match Psychology: 1.00
Timing: 0.75
Innovation: 1.00


Resultado: Já disse aqui que eu não acho que o Matt Riddle deveria aspirar grandes coisas na WWE. Não por não ser bom, mas devido à concorrência. Hoje ele estava destinado a mostrar que eu estava errado? Muita gente diria que sim, pois ele teve uma excelente atuação nesse combate. Mas ainda sigo na minha linha de raciocínio. Ele é o tipo de cara que pode entregar grandes rivalidades e grandes combates. Só que a partir daí ser alguém que traga os holofotes necessários pros títulos, a ponto de que ele seja destinado a grandes conquistas, eu acho que tem muita gente na frente dele nesse sentido. Por isso, acho que Velveteen ter retido nesse momento foi a escolha certa, pois o mesmo está a mais tempo sendo construído e muito mais consolidado como personagem. No futuro, Riddle, com uma boa construção por trás pode aspirar coisas grandes no NXT. Eu ainda vou continuar preferindo que ele vire uma nova versão do Kassiu Ohno. Porém, com atuações como a que teve hoje, ele pode acabar não sendo utilizado da forma que eu prefiro e muita gente torce por isso. Vamos ver como ele vai ser utilizado.

Combate: Inicialmente, parecia que ele iria ser mal estruturado com uma sequência de eventos meio 'cagados'. Estava indo rápido demais depois do Chain Wrestling, e isso costuma acontecer quando o combate tem pouco tempo e já querem partir logo pro final. O público se empolgou rápido e vibrou com cada movimento intensamente desde então. Basicamente, a Crowd carregou um combate que não foi tão bem estruturado. As coisas começaram a se acertar pro final, numa narrativa que ficou em volta de um ''soquinho'' como cumprimento e em volta das ''sandices'' do Velveteen, que dominou o público nesse combate. Riddle, mais distante do envolvimento com o público, deu a volta por cima no próprio combate com movimentos muito bem aplicados e impressionantes pela expressividade. Desde então, com naturalidade, eles devolveram golpes um no outro e restou apenas entregar sequências bem elaboradas para construir a base pro desfecho, que terminou num excelente Roll-Up aplicado pelo Velveteen, para a surpresa de todos, mantendo o resultado sempre imprevisível.

WWE United Kingdom Championship Match: Pete Dunne (c) vs. Walter (w) - 3.75


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 1.00
Timing: 0.75
Innovation: 0.50


Resultado: O reinado mais longo dos últimos tempos teve fim, e por uma peculiaridade negativa. Muita gente exalta esse reinado, pelo seu período, mas a grande verdade é que ele só perdurou por tanto tempo porque Pete Dunne sobrava na divisão do Reino Unido. O único que fazia sombra era o Tyler Bate, a quem a WWE não confiou outro reinado. Sem nomes para bater de frente, o reinado foi simplesmente se estendendo, até que finalmente a WWE contratou o Walter. Se o Walter tivesse chegado a mais de um ano atrás para disputar esse título, o resultado seria imprevisível. Já com tanto tempo, sendo contratado recentemente, ficou evidente que não poderia ter outro resultado a não ser esse. Esse reinado eterno precisava ter fim, e isso é bom tanto pro Walter como pro Dunne. Walter já chega sendo amplamente valorizado e Pete Dunne é liberado para ter outras aspirações, e quem sabe, disputar o North American ou NXT Championship.

Combate: Faltou muita coisa pro tempo que foi dado e pro 'hype' que todos estavam para esse combate. A estratégia de deixar o ritmo devagar e ir aumentando aos poucos é muito boa quando se tem tanto tempo para trabalhar a narrativa. Exagerando nessa estratégia, como aconteceu entre os dois, é perigoso que o tempo despendido para a Slow Build se arraste demais a ponto de não envolver o público o suficiente para quando finalmente vier o clímax. Mesmo nos momentos de aceleração, não conseguiram manter o ritmo, provavelmente pela fadiga dos dois. Restou então algumas poucas sequências mais rápidas e elaboradas. A complexidade trazida também foi pouca. O domínio do Walter deu tônica da narrativa e impediu de certo modo que o Dunne tivesse mais liberdade para fazer transições mais complexas. E como o Move-Set do Walter é bem simples, sem essa liberdade maior pro Dunne, o combate acabou ficando muito monótono e pouco criativo. Ainda conseguiram manter a imprevisibilidade dos movimentos mesmo assim, quando focaram na guerra de movimentos diretos e brutais, como se estivessem constantemente se torturando. Foi assim que exploraram bastante a psicologia do combate, através da tortura física, que Dunne faz tão bem, mas foi quase que completamente anulado todo o combate pela resiliência psicológica e física que Walter apresentou. Sempre que Dunne tentava torturar Walter, ele era anulado quase que imediatamente, como se seus golpes não fizessem efeito, o que faz total sentido dentro do enredo desse reinado. O homem que venceu Dunne foi o único capaz de resistir e devolver numa moeda ainda maior a tortura física que ele aplica.

NXT Women's Championship Fatal-4-Way Match: Shayna Baszler (c) (w) vs. Bianca Belair vs. Io Shirai vs. Kairi Sane - 3.25


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.75
Innovation: 0.50


Resultado de imagem para fatal 4 way nxt takeover new york

Resultado: O reinado da Shayna está chato e o público não está aguentando mais. Talvez seja a hora de mudar. O problema é que estão demorando demais para criarem um enredo onde faça sentido a perda desse título e não é por falta de nomes para enfrentá-la. Todas as três teriam plenas capacidades de tirar o título feminino da Shayna com tranquilidade. A mais cotado pro momento seria a Io Shirai, que até o momento não lutou sozinha contra a Shayna. Espero que já pro próximo TakeOver eles botem as duas para se enfrentar, e a Io para tirar esse título da Shayna, para ver se a divisão feminina volta a ter um pouco mais de destaque e empolgação do público.

Combate: Fora os problemas técnicos de falta de naturalidade na atuação de certos plots da narrativa, não tivemos outros grandes problemas além da falta de criatividade em criar uma história nova e empolgante. Tudo que esperávamos aconteceu, e o final absolutamente previsível colaborou para que esse combate não tenha se destacado tanto quanto poderia. Era previsível que Io, Kairi e Belair iriam se destacar por grandes movimentos e que a Shayna apenas iria se aproveitar no final para aplicar seu finalizador ou vencer por um Roll-Up. E afinal, isso aconteceu quando Belair aplicou uma queda fantástica na Io e na Kairi ao mesmo tempo e depois a Shayna simplesmente aplicou seu finalizador na Belair. Roteiro previsível e combate nada fora do normal.

NXT Championship 2-out-3 Falls Match: Johnny Gargano (w) vs. Adam Cole - 5.00


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 1.00
Match Psychology: 1.25
Timing: 1.00
Innovation: 1.00

Imagem relacionada

Resultado: Parecia muito que seria o momento de Adam Cole segurar o título do NXT. A peste em que Gargano tem de sempre bater na trave na hora de conquistar algo grande já havia se quebrado quando ele conquistou o North American Championship em cima do Ricochet, só que com ajuda do Ciampa. Dessa vez, ele enfrentaria Adam Cole, sem ajuda de ninguém, e com provavelmente a Undisputed Era inteira interferindo. Quem apostasse no Johnny era maluco. Ainda assim, o resultado melhor era de fato o Gargano ganhando, pois ainda é a primeira oportunidade de Adam enquanto Gargano havia batido na trave outras vezes. Agora só resta especular como vai ser o reinado de Johnny. Não gostaria de ver o Adam Cole ganhando uma nova chance tão rápido. Acho que essa briga interna entre a Undisputed Era pode gerar uma boa rivalidade, preparando ainda mais o personagem de Adam para uma futura disputa de título. Entre os principais candidatos, restam apenas o Aleister Black e o Ricochet, a não ser que, eles continuem como dupla, e a WWE promova o Matt Riddle ou Keith Lee, o que seria uma boa caso queiram estender o reinado do Johnny. Ainda poderia ser que Velveteen Dream perca o título nas gravações dos episódios semanais e Johnny tivesse sua revanche contra ele na disputa pelo título do NXT, onde eu acho que Gargano seria amplamente favorito e quem sabe uma volta do Ciampa (apesar de ser bem repetitivo). São muitas possibilidades boas para esse reinado que com certeza vai gerar ótimas rivalidades e ótimos combates.

Combate: É preciso que eu explique coisas a respeito desse combate que eu não costumo explicar aqui no HOW Star Ratings. Dúvidas podem ser suscitadas sobre o '1.25' de Match Psychology, afinal, esse método de avaliação é inspirado no modelo de Sean Coyle, correspondente da ESPN, onde cada um desses mesmos critérios pode ter nota máxima de '1.00'. O meu método de avaliação é um pouco diferente, pois uma nota máxima em um desses critérios representaria um certo 'limite' que na realidade não existe. 'Perfeição' no Pro Wrestling não existe em seu sentido lógico, embora muitas vezes nós avaliadores reverberamos que um combate é 'perfeito'. Quando falamos que um combate é 'perfeito' queremos apenas expressar com palavras pomposas o quanto gostamos do que foi apresentado naquele combate, e não, que ele de fato foi perfeito. Se impomos um limite de nota a cada critério, nós estamos indiretamente falando para você que de fato existe um combate perfeito. Quando não há esse limite, as possibilidades de avaliação ganham uma liberdade muito mais condizente com realidade dos fatos. Esse combate teve uma Psicologia tão absurda e envolvente, que ele superou consideravelmente nesse aspecto muitos combates que comumente tem '1.00' de Psicologia, o que permite numa das raras vezes em que um critério pode ser chancelado como '1.25'.

Agora, dissecando sobre o quão maravilhoso foi esse combate, eu vou abordá-lo de forma técnica, demonstrando o porquê de a narrativa não ter tido certos problemas. A interação entre os personagens foi muito boa, a história contada foi inovadora, muito bem construída e apresentada e os elementos do enredo que foram utilizados foram cirurgicamente bem encaixados. Então onde mora o problema? O problema da narrativa mora em um aspecto que costuma ser esquecido facilmente nesse tipo de estipulação ''2 out 3 Falls'', que são as fases iniciais da narrativa, onde cada Wrestler faz o seu primeiro ponto. Evidentemente que nesse momento do combate, por mais que a psicologia esteja bastante presente, é muito difícil você fazer com que haja uma reação demasiada e preocupada do público com os pinfalls, que são muito importante para a construção da narrativa. São os momentos de tensão que pontuam pro público muitas vezes em que estágio do combate os lutadores estão. Ali é uma fase inicial, onde geralmente, para um combate desse tamanho, nós sabemos que de forma alguma um dos lutadores vai perder tão rapidamente com tanta facilidade. Mas quando não se tem tanto tempo para construir uma Match onde cada um dos três pinfalls só aconteça no limite do esperado, os dois primeiros pontos da Match precisam acontecer de uma forma que se a Match fosse de um único ponto normalmente não aconteceria. E foi o que aconteceu. O primeiro ponto do Adam Cole foi ''muito fácil'' para acontecer, assim como o primeiro ponto do Gargano, fazendo com que, pela lógica, o terceiro ponto de um dos lutadores tivesse que ser mais ou menos como aconteceu os primeiros pontos. Como no terceiro ponto, os lutadores teoricamente se concentram mais e por isso, na base da adrenalina conseguem um fôlego final para resistir a mais alguns pinfalls, isso permite com que a narrativa possa criar um peso maior pro último pinfall. Acontece que, no caso desse combate, o peso do último pinfall foi muito maior do que os dois primeiros, criando dúvidas meio ilógicas: Como o Gargano conseguiu resistir tanto na parte final do combate se no início ele mal conseguiu resistir ao primeiro finalizador aplicado pelo Adam? Pode haver muitas explicações, mas nenhuma razoável suficiente para não gerar estranheza. Isso é um simples furo de narrativa, que apesar de comum, é um demérito para avaliação da narrativa do combate, que em todos os outros aspectos foi boa.

Tecnicamente, mesmo com um pequeno furo de narrativa, isso não atrapalhou em quase nada pro desenvolvimento das etapas do combate, que foram muito bem apresentadas por Adam e Gargano. No início, um combate mais técnico, fazendo o público especular quem fosse se sair melhor nesse quesito que é um ponto forte dos dois. Gargano, por lógica pura, levou uma vantagem maior no Chain Wrestling, o que gerou no Adam uma certa insatisfação que fizesse ele reagir mudando o clima com golpes mais diretos. Daí nasceu uma tensão entre Gargano que desejava controlar mais ações do combate, enquanto Adam tentava escapar daquele controle. Aos poucos, a necessidade por golpes mais expressivos começou a aparecer de forma natural, com o apelo do público, que entendendo o momento do combate, vibrou com as ações. Quando Adam parecia que se daria bem, Johnny novamente foi responsável pelos principais movimentos, até que numa sequência muito bem elaborada, com tentativas infindáveis de pinfall, por ironia do destino, Adam levou a melhor e conseguiu rapidamente aplicar seu finalizador.

Em seguida, o domínio de Adam começou a aparecer. Quando se está em vantagem no placar, o desespero para chegar ao segundo ponto é comum. E apesar de apresentar uma certa soberba, o foco do Adam em conseguir liquidar a partida ainda era grande. Porém, Johnny mostrou uma perspicácia fora do comum, que ele parece ter aprendido com Ciampa nesses últimos tempos, onde ele conseguiu dar a volta na partida em cima dos erros do Adam. Eram como papéis invertidos. Adam costuma controlar as ações do combate, e foi controlado pelo Johnny. E Johnny, que costuma ser controlado e sair de situações adversas com sua genialidade dentro do ringue, sofreu com a genialidade do Adam para sair do seu controle e conseguir vencê-lo. Na segunda etapa, o jogo virou pro que no fundo seria o normal, com Adam controlando e Johnny saindo da situação adversa em cima dos erros do próprio Adam. Dessa forma, Johnny assumiu a dianteira e com uma submissão, conseguiu o segundo ponto. Até aqui, tudo era forrado pro que viria a seguir. O combate passaria de um embate técnico para um embate emocional vibrante. Os dois sabiam que eles tinham se anulado nesse início e que só poderiam vencer o outro na base da resiliência e não mais somente pela inteligência. Eles não conseguiam mais pensar, depois de um embate técnico que esgotou suas forças.

O ritmo acelerou consideravelmente, criando uma distopia incomum ao se ver em combates de ''2 out 3 Falls'', isso porque, costumeiramente, mesmo que sejam três combates em um único combate, por se tratar de um único combate, há uma integração maior no ritmo, pois quem acabou de fazer o ponto, costuma continuar controlando o oponente, não havendo uma quebra de ritmo. Como Adam estava controlando Johnny, e Johnny saiu vencedor, e ambos tinham sofrido um finalizador cada, o vigor físico deles naquele momento se equipararam e a terceira etapa começou com ninguém controlando ninguém. Ali ficou claro que existiria um equilíbrio maior que destoaria do ritmo das duas primeiras etapas. Essa quebra distópica foi importante para energizar a psicologia do combate e levá-la ao seu extremo. Os dois, mesmo esgotados, davam provas de resiliência inimagináveis a cada segundo. E isso foi tão perfeitamente executado que impactou o público de uma maneira que eles ficaram muito mais histéricos do que estavam no começo do combate. Aqui, basicamente, as sequências responderiam por si o fator psicológico de superação do Gargano contra o fator psicológico de desespero do Adam em finalizar o combate, que ficou evidente desde o seu primeiro pinfall. Pressionado a vencer, Adam Cole se sentiu obrigado a também superar seus próprios limites para vencer um adversário que estava disposto a ir muito mais longe do que foi na primeira etapa, o que gerou outra distopia interessante para a psicologia. Mesmo sendo um furo narrativo não tão lógico, essa falta de lógica em o Gargano ter mostrado uma baixa resiliência no começo e uma resiliência absurda, completamente fora dos padrões, na etapa final, criou uma atmosfera de surpresa muito grande a cada kickout inacreditável. Existiram pelo menos cinco momentos em que Gargano deu kickout onde seria extremamente razoável ele perder. Depois da interferência da Undisputed Era, onde em dois momentos ele dá kickout e ainda consegue se livrar com golpes fantásticos de cada membro da Stable, ele em vez de terminar o combate com um golpe direto, ele faz a mesma submissão finalizadora que acaba utilizando toda a tensão pelo desfecho que foi criada até então e a transformando numa explosão histérica de comemoração com a sua vitória.

Em um combate, onde mesmo com um furo narrativo, você apresenta um final distópico, que quebra completamente as previsões de qualquer um que estava assistindo, que envolve inimaginavelmente o público com o desfecho daquela narrativa e explora todas as emoções possíveis com execuções perfeitas de cada movimento e reação de linguagem corporal, com a expressão facial de desespero do Adam se reverberando na reação de choque do público, e que, estrutura isso tão bem que faz você sair extasiado ao ver o desfecho dessa obra de arte magnífica, compensando e muito qualquer tipo de detalhe imperfeito que tenha acontecido, fazendo-os passarem despercebidos, não se tem outra opção a não ser dar 5 estrelas!






Então galera, esse foi o HOW Star Ratings de hoje. Deixem suas opiniões e avaliações nos comentários, não deixem de interagir e de compartilhar essa análise com seus amigos. Nos vemos no próximo HOW Star Ratings!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

HOW Star Ratings - WWE Royal Rumble 2019

Olá galerinha da House of Wrestling, aqui quem escreve para vocês é Josué Elias, colunista da HOW, trazendo mais um HOW Star Ratings, e dessa vez analisando e avaliando os combates que aconteceram no WWE Royal Rumble 2019, que ocorreu no último Domingo, dia 27 de Janeiro. Então, sem mais enrolações, vamos às análises:


WWE SmackDown Women's Championship Match: Asuka (c) (w) vs. Becky Lynch - 3.50


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.50
Innovation: 0.75



Resultado: A Asuka ganhou. O público pedia pela vitória da Becky de maneira desesperada. Ela é a Wrestler mais Over com o público desde que começou a ganhar Push. Existem muitos motivos para isso. A Becky não é a Wrestler mais talentosa ou com a Gimmick mais interessante. Parece até mesmo bruxaria o fato dela conseguir ser tão Over, pois se pararmos para refletir, existem Wrestlers melhores do que ela em muitos aspectos. Acontece que, ela sempre foi subestimada pela WWE, e quando ela finalmente ganha algum Push, o público vai ao delírio e tenta ao máximo desfrutar do momento. Não estou tentando dizer que agora ela está sendo superestimada pela WWE, em fazê-la ganhar títulos e coisas importantes. Mas o público com certeza está. Então, a vitória da Asuka é perfeitamente normal, não só porque a Asuka é muito melhor que a Becky Lynch em praticamente tudo, mas também, porque ao longo de sua carreira na WWE, ela conseguiu construir muito mais credibilidade para isso, ao ponto de que seria estranho se a Becky conseguisse vencer ela.

Combate: A técnica das duas estava bastante apurada. Elas conseguiram passar pro público uma sensação de equilíbrio técnico que ditou a dinâmica da narrativa até o fim. Por isso, não tivemos um Storytelling mais impactante, embora em quesitos teóricos, a estrutura funcionou perfeitamente, principalmente na ligação que as etapas do combate tiveram com o instigamento da empatia do público com as personagens. Nesse sentido, o papel da Becky Lynch foi central para que houvesse essa ligação, já que qualquer coisa que ela fizesse extraía reações positivas do pública. Revira-voltas nas submissões e até mesmo cópia dos movimentos uma da outra, permitiram essa maior sensação de equilíbrio e imprevisibilidade. E quando se tem um público torcendo muito por uma vitória de alguém, essa é a melhor forma de extrair reações. Apesar de não ter sido uma exuberância técnica, com spots magníficos e sequências espetaculares, só de terem conseguido deixar imprevisível, já foi o suficiente pro público interagir bastante com o combate. Mérito delas que entenderam o público.

WWE SmackDown Tag Team Championship Match: The Bar (Sheamus & Cesaro) (c) vs. The Miz & Shane McMahon (w) - 3.50


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.75
Innovation: 0.75



Resultado: A dupla entre Miz e Shane foi construída de forma interessante. Será que só por conta disso valia a pena fazê-los ganhar o título? Na minha opinião não, ainda mais se considerarmos o fato de que está vindo uma WrestleMania pela frente. Acho que o título merece pessoas ''maiores'' para disputá-lo.

Combate: Tiveram muitos momentos interessantes. Afinal, Cesaro e Sheamus já estão em sintonia a muito tempo, sempre trazendo grandes Tag Moves e fazendo ótimas performances. A dúvida era como funcionaria Shane e Miz. The Miz não fez grande coisa no combate, e Shane fez o que ele costuma fazer: Um Shooting Star Press, um Diving Elbow... Nessa simplicidade, conseguiram entregar um combate que entreteve o público e o surpreendesse com a vitória de Miz e Shane. 

WWE Raw Women's Championship Match: Ronda Rousey (c) (w) vs. Sasha Banks - 4.00


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 1.00
Timing: 0.75
Innovation: 0.75



Resultado: Para a Sasha Banks vencer a Ronda Rousey, era necessário um milagre divino, ou que alguém dopasse o Vince McMahon. Ela é hoje o principal nome a ser batido entre as mulheres, e a Sasha Banks, mesmo sendo um nome de peso, não é o nome que o booking desse reinado da Ronda estava indicando para ser a vencedora do título. Estávamos esperando que o Royal Rumble feminino fosse nos revelar o nome que enfrentaria Ronda na WrestleMania. Então, o resultado correto aconteceu.

Combate: O nível psicológico desse combate foi ao extremo. A Ronda consegue transpassar emoções ao público como ninguém, e a Sasha também tem isso como uma grande virtude. Mesclando uma certa fisicalidade com um alto rigor técnico no Chain Wrestling e nos Nearfalls, a base para elas se envolverem emocionalmente de acordo com cada movimento, foi implementada cirurgicamente para esse cenário hiper emocional. A Sasha queria voltar a sentir o gosto do que é ser campeã. Já faz um bom tempo que ela não segura um cinturão, e evidentemente que, ela deixou claro dentro de ringue que aquela era a oportunidade perfeita. Mas Ronda era uma adversária muito complicada. Isso serviu de incentivo para a Sasha ter uma ótima atuação dentro da Kayfabe, e a narrativa mostrou que ambas estavam dispostas a atingir seu limite físico e emocional para alcançar a vitória. Algumas aplicações de golpes saíram mal feitas, mas foram em raros momentos que isso aconteceu. O desfecho também foi meio inesperado. Esperávamos que a Sasha conseguisse dar o kickout pela narrativa que estava se construindo. Terminar por pinfall foi muito anti-climático já que o enredo apontava para um término por submissão.

30-Women's Royal Rumble Match: Becky Lynch (w) - 4.00


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 1.00
Timing: 1.00
Innovation: 0.50



Resultado: Indo por partes, a Royal Rumble Match feminina guardou muita coerência com o booking que foi feito. Na parte inicial, tivemos a eliminação rápida da Liv Morgan, que levantou o público naquele momento. E o destaque ficou principalmente para Lacey Evans, que conseguiu eliminar a Billie Kay e Peyton Royce. Achei esse destaque muito bom, pois mesmo ela sendo do NXT, é um bom cartão de visitas. Mas a melhor parte do início foi de fato a participação da Nikki Cross que eu digo e repito: Tem a melhor personagem feminina da WWE. Claro que esse posto não é muito concorrido, pois geralmente, as personagens femininas costumam ser ruins, genéricas ou sem alguma profundidade. Já a personagem dela é bem diferente do padrão e funciona perfeitamente para gerar impacto no público, sem falar que é um dos poucos personagens femininos que gera curiosidade e que você presta mais atenção nas atitudes do que nos movimentos ou aparência. Ela tomou conta do início. O único problema, é que o destaque poderia ser muito maior. Ela foi eliminada por uma zé ninguém (The Ilconics) e não eliminou ninguém. Porém, o início teve poucas eliminações e eu gosto quando isso acontece, pois existem várias coisas acontecendo no ringue ao mesmo tempo.

O combate começou a animar quando a Charlotte entrou. Ela teve enfrentamento com a Lacey Evans, que foi um ponto interessante por ambas serem parecidas. Foi bom também o destaque que deram para a Kairi Sane e Ember Moon. Mas no geral, muitas entradas não impactavam. O que ficou de interessante foram as entradas de grandes nomes como Charlotte ou nomes do NXT, que são pouco conhecidos. Outro momento que deveria ser marcante, mas não foi tanto por causa do desconhecimento do público, foi a Io Shirai após uma eliminação precipitada da Kairi. O público praticamente não reagiu, mesmo a Io sendo uma das melhores de todo o roster feminino e já considerada por muitos como a melhor Wrestler do mundo (e eu não acho exagero).

No final, mais nomes de peso apareceram. Até então, ninguém imaginava tanto a participação da Becky Lynch. Era mais uma torcida para que ela participasse do que de fato lógico, pois ela havia acabado de ter uma partida pelo título contra a Asuka. Então, as candidatas a vencer, até onde se podia ver no ringue, era: Alexa Bliss, Nia Jax, Charlotte e Bayley. Charlotte era o nome mais forte para isso. Alexa Bliss tinha alguma chance, e as outras duas corriam por fora. Então, estava muito previsível de que seria a Charlotte a ganhar. Felizmente, a Lana foi substituída pela Becky, para dar alguma imprevisibilidade. Entre esses cinco nomes, o melhor nome para vencer em termos de credibilidade era a Charlotte, inclusive em termos de booking, já que queremos Charlotte enfrentando a Ronda pelo que aconteceu no Survivor Series. A Becky eu considero uma opção um pouco pior nesses quesitos, mas ainda uma boa opção, principalmente se considerarmos o fan service. As outras três opções eram ruins na minha visão. Chega de Alexa Bliss. E Nia e Bayley eu quero que fiquem longe de títulos por anos, pois diante da concorrência atual, ter que aturá-las disputando algum título na WrestleMania é de matar. Vitória justa da Becky Lynch. Aqui não tivemos cagada!

Combate: Geralmente uma Rumble Match costuma ter vários núcleos narrativos que se entrelaçam para formar uma grande história. Muitas vezes, alguns núcleos são irrelevantes e ruins. Esses núcleos são chamados de Splots, e são referentes a uma determinada interação que ocorreu entre alguns Wrestlers formando uma pequena história dentro dessa grande história que é o combate. O interessante dessa Rumble é que todos os Splots foram bons. Alguns não tão bem executados e com certas decisões questionáveis. É muito difícil que todos os Splots sejam perfeitos. O legal mesmo, é que mesmo com seus defeitos e particularidades, esses Splots casaram bem entre si para construir um determinado desfecho.

Então, inicialmente, o Royal Rumble feminino começou com algumas entradas de menor impactos mescladas com nomes fortes do NXT, o que de certa forma manteve o interesse da plateia. Com exceção de uma eliminação ou outra, eles buscaram fazer com que essa Rumble tivesse poucas eliminações precoces, de forma que, essas poucas eliminações precoces pudessem surpreender o público. O problema de ir por esse linha, é que Royal Rumbles desse tipo costumam ter pouco espaço pros Wrestlers conseguirem desenvolver certas sequências. Mas nessa Match, talvez pelo fato das mulheres não ocuparem tanto espaço quanto homens no ringue, mesmo com poucas eliminações, sobrou espaço para desenvolverem certos golpes na entrada. Outro problema de desenvolvimento que esse combate não teve, foi a de apenas quem estiver entrando fazer algo diferente. Em muitos momentos se via pessoas que estavam a bastante tempo no ringue fazendo uma sequência ou outra. Claro que o padrão de quem entra ter a função de fazer algo diferente continuou. Mas não ficou apenas nisso, dando um corpo maior ao combate.

E um destaque especial começou a aparecer por conta disso. Geralmente quando uma Rumble tem poucas eliminações, chega uma entrada impactante que elimina muitas Wrestlers de uma vez e acaba com a graça do combate. Mas não foi isso que aconteceu. Nenhuma Wrestler teve uma dominância no quesito eliminações, fazendo com que o ringue estivesse cheio, com diversos acontecimentos a todo momento, mantendo o interesse do público. O impressionante, é que as eliminações estavam sendo tão bem feitas e organizadas, que o público vibrava mais com as eliminações do que com as entradas. E de fato, as mulheres se superaram, pois houveram várias eliminações criativas, bem feitas, algumas nem tanto (como é de costume), mas muitas bem diferenciadas e que geraram emoção.

Com isso, os núcleos narrativos, isto é, os Splots foram naturalmente se desenvolvendo, sem ficarem confusos e tendo uma perfeita coesão entre si. E numa Royal Rumble Match, existem Splots de humor, Splots sérios, Splots de rivalidades, traições, formação de grupo de tudo mais. Os que eu mais gostei foi: Zelina Vega, que deu um ótimo tom humorístico e por ter sido algo inesperado a aparição do Hornswoggle, mesmo não tendo tanto sentido, cumpriu com sua função humorística; Charlotte e Lacey Evans, que apesar de não ter tido uma finalização, foi bem interessante; Candice LeRay e Zelina Vega; a participação do trio Riot Squad; a entrada surpresa da Becky Lynch e sua rivalidade com a Charlotte.

O desfecho com a Becky Lynch, e deixando pro final apenas nomes fortes para ganhar o Royal Rumble, com a Nia, Charlotte e Bayley, deixaram o final bem imprevisível. E conseguiram dar um teor psicológico, principalmente quando a Becky Lynch foi atacada pela Nia quando a Nia foi eliminada, que fez com que o combate subisse um certo patamar, e ficasse imprevisível e emocionante. E obviamente, a participação da Becky Lynch foi fundamental para levantar o público. Mas até no quesito Spots o combate foi bem, recheados de bons movimentos, ao qual o que eu mais gostei foi o Moonsault da Io Shirai na sua entrada.

WWE World Championship Match: Daniel Bryan (c) (w) vs. AJ Styles - 2.75


Storytelling: 0.25
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.75
Innovation: 0.50



Resultado: Qualquer resultado era bom. O que podemos avaliar aqui é a forma. E a forma foi com uma intervenção do Erick Rowan. Sinceramente, eu até acho que essa aparição dele suscita certas dúvidas. Ela dá uma certa esperança de que uma Storyline mirabolante para a WrestleMania está por vir, envolvendo o Bray Wyatt. Mas sério, Erick Rowan? Ele não tem cacife para interromper um combate assim. Se fosse o Luke Harper seria bem melhor, mas mesmo assim seria estranho. Seria melhor se o próprio Bray Wyatt aparecesse. Se for para isso ter acontecido sem a presença do Bray Wyatt nessa rivalidade, vai ter sido em vão e completamente ridículo essa aparição. Só que ainda assim, mesmo que concertem isso com a intromissão do Bray, continua sendo ridículo. Acho que existiria outras formas de deixar claro que o Bray Wyatt poderia aparecer na rivalidade, e muito mais misteriosa. Um exemplo seria um apagão de luz, onde o AJ Styles aparecesse deitado, mas ninguém apareceu. A dúvida sobre quem poderia ser seria muito maior e muito mais intrigante. Já o Erick Rowan deixa na cara que é o Bray Wyatt e ainda faz com que o combate termine de uma forma ''boring''.

Combate: Eu tenho duas linhas para avaliar esse combate. A primeira linha é a performance dos dois lutadores, que foi boa. Ambos estavam fazendo um bom combate, progredindo aos poucos no ritmo, fazendo excelentes movimentos de transição, acelerando nos momentos certos e aplicando quedas expressivas. A segunda linha é a forma como a performance deles impactou o público. E nessa questão, o combate foi fraco. Na minha visão, houve um desinteresse bem exagerado do público com o que estava acontecendo, e fez com que o combate não atingisse seu potencial máximo. Mas também, há uma certa responsabilidade dos dois e do booking dessa rivalidade que está meio arrastada. Eles poderiam ter deixado o combate mais movimentado e ter aplicado certos movimentos mais inovadores, em vez de apenas apresentar o básico de seus arsenais. Só que o real problema de todo o combate, foi que quando ele começou a empolgar, a apareceu o Erick Rowan para estragar a festa, decretando com toda certeza o fracasso que foi essa partida mesmo com mais de 20 minutos a disposição para fazer algo decente. Demoraram demais para fazer o combate a engrenar, inovaram muito pouco e fecharam com chave de ouro essa chatice sem fim.

WWE Universal Championship Match: Brock Lesnar (c) (w) vs. Finn Balor - 3.75


Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 1.00
Timing: 0.75
Innovation: 0.50



Resultado: Finn Balor ensaiou uma graça para cima do Brock Lesnar, e talvez fosse isso o máximo que a gente esperava dele nesse combate. Balor vencer Brock Lesnar é simplesmente inimaginável nesse cenário. O que poderia ocorrer seria o Balor ir pro combate com Demon Balor, e aí sim, poderia-se especular uma vitória dele.

Combate: Esse combate entra na mesma lógica que o combate da Asuka e da Becky. A torcida queria tanto que a Becky ganhasse que acabou se envolvendo facilmente com o combate. Já entre Lesnar e Balor, a torcida não estava torcendo propriamente a favor de Balor, e sim, contra o Lesnar. Desse jeito, cada golpe do Balor era emocionante pro público, ainda mais se contarmos que era esperado um Squash total. Por quase todo o combate a partida ficou equilibrada. Inclusive, Balor dominou na maior parte do tempo. Com isso, o público ficou ativo na maior parte da partida. O Storytelling foi simplório, a execução dentro de ringue não teve nada demais, apesar de não ter nenhum erro técnico, o tempo foi bem explorado, a dinâmica e ritmo ficaram agradáveis. O que faltou mesmo foi algo novo, pois os combates do Lesnar são sempre a mesma coisa. A única coisa de inovadora foi o fato do Balor conseguir dominar o combate. Poderíamos ter tido algo ainda mais especial, se não fosse o término precoce da partida com a derrota do Balor para uma mísera submissão de braço. Geralmente, ao lutar contra o Brock, os adversários tendem a resistir a pelo menos um finisher. Ali, o Balor não conseguiu nem sair da submissão. Não foi necessário sequer um F-5 pro Brock vencer.

30-Man's Royal Rumble Match: Seth Rollins (w) - 3.50


Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.50
Timing: 1.00
Innovation: 0.75


Resultado: Primeiro de tudo, o principal que se espera do Royal Rumble não foi entregado. Retornos impactantes, debuts espetaculares. Nada. O máximo que tivemos foram participações especiais de Hall of Famers velhos e de alguns lutadores do NXT. Nem o John Cena, que era especulado, tivemos. Então, nesse sentido, as entradas do Royal Rumble foi um verdadeiro fiasco. Nia Jax substituindo o R-Truth foi o ponto mais alto de todas as entradas, e ainda assim, foi uma entrada fraca. Das participações do NXT, Johnny Gargano e Aleister Black foram ótimos, entretanto, não passaram de participações especiais já que eles voltaram ao NXT.

Segundo de tudo, tiveram muitos desaproveitamentos ridículos: Kurt Angle foi eliminado muito cedo. Foi até justo, mas tinha um Elias ali para isso. Shinsuke Nakamura, o último grande vencedor do Royal Rumble foi eliminado pelo Mustafa Ali. M-U-S-T-A-F-A A-L-I. Querendo ou não, o Mustafa Ali, por mais que tenha sido um pouco interessante a participação dele, era um nome que ninguém imaginaria que venceria. Nakamura também não, mas por ser o atual vencedor, geraria mais expectativas no combate. Johnny Gargano também foi eliminado muito cedo. Estamos falando do melhor performador dentro de ringue da WWE em 2018. Ele não merecia um destaque maior? Mas a pior eliminação de todas na minha visão, foi a de Dean Ambrose. Dean Ambrose teve uma participação legal, todavia, ele deveria ter tido uma atuação muito melhor. Era para ele ficar até o final desse Royal Rumble por um motivo simples, que era o fato do Seth Rollins ser o favorito para ganhar o combate. Quem eliminou ele foi o Aleister Black, que não foi de todo mal. O problema é que ele não teve nenhuma interação com o Seth fora aquele início broxante onde eles trocaram um pouco de socos e depois se esqueceram no resto do combate. Decisões estúpidas em cima de decisões estúpidas.

No final, restou Nia Jax batendo em todo mundo num final polêmico. Quer dizer, polêmico para quem é chorão, pois para mim foi normal. Se uma mulher chega querendo bater em todo mundo, mais do que justo é todo mundo reagir a isso, ou as pessoas realmente acham que homem não tem direito a reagir a uma mulher histérica e louca que quer descer o sarrafo em geral? Claro que o assunto sobre homens e mulheres se baterem é complexo. Mas da forma como aconteceu, não há polêmica, e até brincaram bem com isso. O que temos de apontar sobre esse final é que ele foi muito fraco. Tivemos algo lúdico, é verdade, mas tivemos um final pouco impactante do que poderia ter sido caso um Kenny Omega da vida entrasse. Para quem esperou algo de especial, saiu frustrado do Show e com toda razão. Óbvio que era demais esperar que o Kenny aparecesse. É só um exemplo para demonstrar como o final com a Nia foi bastante fraco. E por fim, sobrando Seth e Braun Strowman, os dois principais candidatos a vencerem, deu Seth Rollins como todos esperaram. Parece que o Seth enfrentará o Brock Lesnar. Mas seria muito melhor se ele desafiasse o Daniel Bryan/AJ Styles. Veremos o que vai acontecer. 

Combate: Em quesitos técnicos, o combate conseguiu cumprir com a sua função. Ele é mais para entreter do que para ser algo de extrema qualidade. Por isso, é extremamente difícil que você veja um Royal Rumble que se transforme numa 5 Stars. Mas ao mesmo tempo, é praticamente impossível ocorrer um Royal Rumble que dê em DUD. São necessariamente 40 minutos de combate só com o tempo das entradas. O que importa mais é o que vai acontecer depois da entrada de todo mundo, pois até o momento das entradas, a gente liga mais para quem entra do que para quem está saindo.

Na Rumble feminina, não houveram grandíssimas entradas igualmente ao combate masculino. Mas elas conseguiram suprir isso com boas eliminações, muitas emocionantes. Já os homens, no quesito eliminação foram horrorosos. Várias eliminações simplistas, sem criatividade e feitas de forma que não guardasse coerência com o que vinha sendo construído. Vários núcleos que começaram e não tiveram uma finalização decente, como Seth e Dean, outros que foram simplesmente anti-climáticos, como a chegada do Baron Corbin. Basicamente, as entradas não te entretiam, e as eliminações muito menos. Quiseram fazer a gente passar mais raiva do que comemorando alguma coisa. Não havia quase nada para comemorar no que aconteceu ali dentro. Um excesso de vilões se dando bem em cima de personagens Overs com o público, que parecia que o único objetivo do combate era deixar o público irritado. É normal acontecer esse tipo de coisa uma vez ou outra, mas toda hora?

O combate só não foi um completo fiasco, pois por mais que 90% das eliminações fossem ruins, o que era apresentado dentro de ringue era pelo menos decente. Tiveram muitas boas entradas com excelente sequências. Pete Dunne que o diga. Ele participou de diversas sequências desde a hora que entrou até a hora em que saiu. Aleister Black encheu os olhos do público. Seth Rollins interagiu com praticamente todo mundo (ironicamente, menos com o Dean Ambrose). O Super Plex com o Rey Mysterio pulando por cima do Strowman foi espetacular. O spot do Bobby Lashley no Rollins também. Se não fossem esses momentos, com certeza seria um dos piores Royal Rumbles da história da WWE, pois no quesito entradas e eliminações foi um fiasco quase completo.



Então galera, esse foi o HOW Star Ratings de hoje. Deixem suas opiniões e avaliações nos comentários, não deixem de interagir e de compartilhar essa análise com seus amigos. Nos vemos no próximo HOW Star Ratings!