Women's Money in the Bank Ladder Match: Nikki Cross vs. Carmella vs. Mandy Rose vs. Naomi vs. Natalya vs. Dana Broke vs. Ember Moon vs. Bayley (w) - 3.75
Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.75
Innovation: 0.75
Resultado: Existia uma grande pressão do público para que Bayley vencesse, e ultimamente, o fan service tem crescido um pouco. Seth Rollins campeão, Kofi campeão, Becky Lynch campeã. Agora a Bayley vencendo o Money in the Bank. É uma perda de uma excelente oportunidade de introduzir a uma Title Shot wrestlers como Dana Broke, Mandy Rose, Nikki Cross ou Ember Moon. Preferiram dar de certa forma para uma veterana (apesar dela não ser tão veterana assim), o que eu acho um desperdício. Mas pelo menos não foi Natalya ou Carmella. Então já temos muito o que agradecer aqui. Bayley pelo menos tem um potencial de crescimento muito grande e pode render ótimas rivalidades já que ela envolve bastante o público em sua torcida.
Combate: Eu realmente gostei muito do que foi apresentado. Sinceramente, eu não esperava nada desse combate, e, para mim, conseguiram entregar a melhor Ladder Match feminina na WWE, se não me falhar a memória de estar cometendo uma injustiça com alguma outra Ladder Match feminina que eu não lembro ou não tenha visto. O primeiro ponto positivo que me surpreendeu foi a aplicação dos movimentos, que de fato, não é costumeiro ser um ponto forte em lutas femininas. Elas conseguiram errar muito pouco e entregar movimentos muito bem aplicados e com grande expressão de realidade. A movimentação no ringue conseguiu ser sincronizada, algo que, com essa quantidade de wrestlers lutando, poderia ser um grande problema. Não conseguimos sentir em nenhum momento que o que estava acontecendo era uma zona desorganizada. Cada plot teve sua construção e execução sem atropelar outros plots, sendo tudo simetricamente calculado e executado. Ou seja, em termos de atuação, não teve destoamentos e cada personagem interagiu bem com a história contada, embora algumas escolhas de funções tenham sido meio ''meeh''. A Carmella ter saído com a perna machucada foi uma ótima sacada, pois a volta dela ao ringue a colocou como uma candidata a ganhar. A entrada da Sonya Deville colocou a Mandy como uma candidata também, e o booking da Match, permitiu trazer uma certa imprevisibilidade, e surpresa na hora que Bayley pegou a maleta. Porém, outras participações ficaram meio estranhas como a Natalya e Dana Brooke que em nada contribuíram, e até saíram um pouco do eventual do personagem delas. Dana era para agir como uma underdog e isso não foi aproveitado e Natalya era para ser 'estraga prazeres', e isso também não foi aproveitado.
No mais, os pontos pelo qual o combate não foi melhor, foi mais por uma questão de tempo. Mesmo que o tempo em si tenha sido muito bem utilizado, sem enrolações para partir pro que interessava e construindo muito bem o clímax dentro da própria perspectiva temporal das etapas do combate, para que uma luta onde oito female wrestlers se apresentassem de maneira perfeita, com uma maior quantidade de revira-voltas, mais momentos espetaculosos, como os protagonizados por Naomi e Ember Moon e gerasse uma satisfação maior, seria necessário muito mais tempo de construção, por se tratar de uma Ladder Match com muitas participantes. Então, acabou que em todos os pontos, elas conseguiram executar bem a proposta. Mas faltou algo a mais em tudo para que pudesse ser uma partida incontestável.
No mais, os pontos pelo qual o combate não foi melhor, foi mais por uma questão de tempo. Mesmo que o tempo em si tenha sido muito bem utilizado, sem enrolações para partir pro que interessava e construindo muito bem o clímax dentro da própria perspectiva temporal das etapas do combate, para que uma luta onde oito female wrestlers se apresentassem de maneira perfeita, com uma maior quantidade de revira-voltas, mais momentos espetaculosos, como os protagonizados por Naomi e Ember Moon e gerasse uma satisfação maior, seria necessário muito mais tempo de construção, por se tratar de uma Ladder Match com muitas participantes. Então, acabou que em todos os pontos, elas conseguiram executar bem a proposta. Mas faltou algo a mais em tudo para que pudesse ser uma partida incontestável.
United States Championship Match: Samoa Joe (c) vs. Rey Mysterio (w) - DUD
Resultado: Novamente vergonhoso. Como já disse na WrestleMania, o problema não é o Joe vencer o Mysterio ou o Mysterio vencer o Joe. É a forma como isso acontece. Muito se defendeu na WrestleMania a vitória rápida do Joe argumentando que isso seria bom para a construção dele como um Monster Heel. Mas já era previsível que uma hora ou outra o Joe iria perder rápido e 'pipocar' contra alguém. Mesmo tendo um físico monstruoso, já é recorrente a quantidade de vezes que o Joe perdeu de forma patética. Bastou um PPV depois para isso acontecer e jogarem no lixo toda essa possibilidade de se construir um Monster Heel. Monster onde? Samoa Joe perde para qualquer um de maneira humilhante. Infelizmente esse é o nível de booking atual do Main Roster.
Combate: Uma vergonha. Fizeram toda uma Storyline com o filho do Rey, mas em nada isso foi explorado. O combate terminou na velocidade da luz.
Steel Cage Match: Shane McMahon (w) vs. The Miz - 2.00
Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.25
Innovation: 0.25
Resultado: Essa rivalidade tem sido muito proveitosa para aumentar a moral do Shane McMahon, vencendo de formas que não descredibilizam o The Miz e permitindo com que Shane conte algumas vitórias desde o seu retorno, porque tadinho, o menino só perde!
Combate: Foi um combate muito curto, com alguns momentos interessantes e um desfecho bem elaborado. Infelizmente houve uma ausência de construção maior. Como um dos combates com maior ponto de interesse do público, foi uma verdadeira decepção. Parece que foi feito unicamente para perdurar ainda mais essa rivalidade e nos deixar ansioso para um terceiro confronto onde possivelmente Miz vencerá. Com isso, nada muito fora do normal de uma Steel Cage Match foi apresentado.
WWE Cruiserweight Championship Match: Tony Nese (c) (w) vs. Ariya Daivari - 3.00
Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.50
Innovation: 0.75
Resultado: A obviedade do resultado me permite deixar apenas uma consideração: Se a WWE apostasse no Ariya para carregar o título da divisão, seria um erro tão crasso quanto ter apostado no Enzo Amore um tempo atrás. A proposta aqui é diferente. Esses vilões que vencem a base de screwjob e que sua capacidade de gerar entretenimento dentro do ringue são muito menores do que a dos outros lutadores, não podem em hipótese alguma vencer numa divisão onde o principal ponto de interesse é o que acontece dentro do ringue, a não ser se tiver uma grande storyline por trás que consiga gerar um interesse compensatório. Nem de longe era esse o caso. Então, graças ao bom Deus, não fizeram isso.
Combate: Eu não esperava muita coisa desse combate, e ele conseguiu ser bem melhor do que eu esperava. Não foi uma obra prima (bem longe disso). Ficou claro que se tivessem mais tempo, poderiam ter entregado algo melhor. Ariya conseguiu superar um pouco das suas limitações no Flyppy Shit e conseguiu acompanhar o Tony Nese, que ainda roubou a cena por diversas vezes. A dinâmica foi um ponto muito forte, sem tempo para respirar, com os dois sempre fazendo alguma coisa. E mesmo assim houve uma coerência bem grande nas sequências. A psicologia não foi muito bem trabalhada e o final precoce terminou por preconizar a possibilidade de termos um excelente enfrentamento entre os personagens, que praticamente não houve. Sem nenhuma subversão na trama ou algo inovador, não passou de uma partida com momentos interessantes jogados ao vento aleatoriamente com um certo grau de coerência entre os eventos, que entre si, não foram tão espetaculosos quanto poderiam se fossem melhor trabalhados dentre de um enredo mais consistente.
WWE Raw Women's Championship Match: Becky Lynch (c) (w) vs. Lacey Evans - 2.75
Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 0.50
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.75
Innovation: 0.50
Resultado: Não há o que se discutir. Botar Lacey para vencer a Becky sendo que a Becky enfrentaria a Charlotte logo em seguida, não poderia terminar numa vitória dela. O que dá para se discutir é o porquê desse combate vir primeiro que o da Charlotte. Claro que quiseram criar um motivo para que a Charlotte pudesse vencer mais uma vez um título, algo que passou completamente dos limites do exagero, pois ela não cansa de ter uma Title Shot. Então, seria muito melhor que criassem um motivo para a Lacey vencer, colocando a Becky para enfrentar primeiro a Charlotte. As duas teriam um grande combate e com a Becky destruída, a Lacey venceria, e estaríamos dando a oportunidade para uma female wrestler bastante talentosa ter uma ascensão rápida ao topo, ao invés de forçarem ainda mais a Charlotte como campeã. Talvez o grande motivo para tudo isso não ter acontecido foi o fator Bayley com a maleta do Money in the Bank. Mas isso é outra furada que já explico mais para frente do porquê não seria melhor ter acontecido.
Combate: No geral, foi uma partida meio longa e meio fraca. Vou insistir numa crítica à Becky Lynch que eu como fã dela não gostaria de fazer, mas terei que fazer por compromisso com a minha honestidade intelectual. Já é a segunda vez seguida em PPV's que ela vai muito mal dentro de ringue. É sério. A atuação dela está muito discrepante em relação ao potencial dentro do ringue que ela já mostrou inúmeras vezes. Não sei o que aconteceu, mas parece que baixou o espírito de 'Randy Orton' nela que ultimamente ela aplica os golpes numa preguiça tão grande que dá sono. A Lacey também não ajudou em nada, sendo difícil de identificar se era um erro de aplicação ou de sell. Ignorando esses errinhos, a estrutura do combate foi interessante. Mas como a aplicação não pode ser ignorada, a execução dos movimentos foi tão ruim que muitas sequências pareciam bobas e previsíveis, principalmente o desfecho final, onde a movimentação das duas não tinha sincronia nenhuma. De fato, não houve química alguma entre as duas, que mesmo apresentando seus movimentos nos momentos certos e chaves para se conectar com o público, falhou miseravelmente nesse sentido.
WWE SmackDown Women's Championship Match: Becky Lynch (c) vs. Charlotte (w) - 1.25
Storytelling: 0.25
In-Ring Execution: 0.25
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.00
Innovation: 0.25
Resultado: Novamente a Charlotte recebendo uma Title Shot. Parece que ela não pode ter rivalidades secundárias e dar espaço para outras female wrestlers. Não estou aqui questionando a qualidade dela. Ela é uma das melhores female wrestlers do mundo, se não for a melhor, e tem um personagem com um grande respaldo criativo de ser filha de um dos maiores wrestlers de todos os tempos, se não for o maior, que é o Ric Flair. Somado a isso uma Mic Skill que também fica entre as melhores, é natural que ela ganhasse push atrás de push. Só que mesmo nessas circunstâncias todas, o push dela já está beirando ao exagero. Parece muito com o booking feito ao longo da carreira do John Cena, fazendo ele ganhar inúmeras vezes o título principal em curto período de tempo só para aumentar a contagem de títulos. Era óbvio que seria demais se a Charlotte fosse campeã agora e o jeito que acharam de aumentar a contagem dela mas deixar outra pessoa como campeã foi a Bayley usar a maleta. É aquele jeitinho sem sal de tentar usar um artifício podre para forçar a barra de que ela foi inúmeras vezes campeã, mesmo a maioria dos reinados dela durando menos de um mês, como na época que teve a rivalidade com a Sasha Banks. Simplesmente podre! Não tem criatividade para fazer algo decente e faz qualquer coisa.
Combate: Foi rápido como deveria ser em vista das circunstâncias de botar a Becky para lutar duas vezes seguida sem nenhum intervalo de tempo. Algo que, numa ausência grande de explicações, parece uma conspiração dos bastidores para dar uma ajudinha para a Charlotte sempre se manter no topo, mesmo se consideramos somente a Kayfabe, pois não é possível que isso seja uma mera coincidência. Então, foi um combate que com a interferência razoável da Lacey, terminou rápido, com uma certa imprevisibilidade que tentaram mostrar através de alguns roll-up da Becky, mas que de nada adiantou.
WWE SmackDown Women's Championship Match: Charlotte (c) vs. Bayley (w) - 0.50
Storytelling: 0.00
In-Ring Execution: 0.00
Match Psychology: 0.50
Timing: 0.00
Innovation: 0.00
Resultado: A respeito de fazerem mais uma vez o booking mais repetitivo dos últimos tempos da WWE, eu só digo uma coisa: Para quê? Para quê mais uma vez fazer o vencedor do MITB fazer o cash-in no mesmo dia, no mesmo PPV. É claro que é algo lógico a se fazer na Kayfabe, pois para quê enrolar para ser campeão? Porém, isso já foi feito muitas vezes nos últimos anos. Qual foi a última vez que tivemos um verdadeiro mr. MITB que tinha rivalidades e rivalidades voltadas só para o momento mais oportuno de usar a maleta, criando uma enorme expectativa no público de quando isso aconteceria? Dean Ambrose fez o cash-in no mesmo dia em 2016, Alexa Bliss fez a mesma coisa ano passado, e agora, Bayley também fez a mesma coisa. Está ficando um pouco repetitivo e estamos perdendo excelentes oportunidades de criar expectativa em volta da maleta.
Combate: A única coisa boa do combate foi o envolvimento do público.
Single Match: Elias vs. Roman Reigns (w) - DUD
Resultado: Elias está a quase dois anos fazendo sempre a mesma coisa em todos os shows e PPV's, e quase nunca, em nenhuma dessas vezes, envolvido em algo grande ou importante. É sempre um segmento, um combate surpresa ou uma luta pré-programada para alguém chegar e estraçalhar ele. O público continua interagindo. Eu sinceramente já não vejo mais graça, porque eles não mudam o disco. É sempre a mesma coisa.
Combate: Foi o que foi. Um Spear!
WWE Universal Championship Match: Seth Rollins (c) (w) vs. AJ Styles - 4.50
Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 1.00
Match Psychology: 1.00
Timing: 1.00
Innovation: 0.75
Resultado: Sim. Chegamos no grande (e um dos poucos) enfrentamento de verdade da noite. Há um certo 'hate' da galera, porque o AJ Styles já lutou com os três membros do Shield pelo título principal e em todas as vezes ele perdeu. Seria essa a oportunidade perfeita para ele vencer alguém do Shield segundo essas pessoas. Porém, é um hate que pro contexto dessa luta em específico não se sustenta, pois se tem alguém dos três do Shield que merece mais vencer o AJ é o Seth Rollins. Então, eu não entendo tanto o chororô em cima disso. AJ nem de longe é subestimado dentro da WWE, como tentam pintar alguns. Ele teve um longo reinado pelo WWE Championship e grandíssimas vitórias e rivalidades. Ele não vai e nem deveria vencer sempre. Agora, o momento é realmente do Seth Rollins, que acabou de vir de uma vitória em cima do Brock Lesnar. Perder agora pro AJ não teria coerência alguma. Talvez em um outro momento, com AJ vindo num momento de construção maior, com um booking mais pesado e mais overall especulativo, seja sim interessante ele vencer o Seth.
Combate: Vivemos para crer e cremos para viver. Era de se esperar o dia em que a WWE emplacaria um combate 4.50 novamente no Main Roster. E que combate nós tivemos. A sintonia dos dois foi uma coisa de outro mundo e só não tivemos algo melhor por incompetência da própria empresa, pois diante das condições oferecidas, eles fizeram milagre e tiraram leite de pedra. Para começar, o tempo fornecido não foi tão grande. Então eles tinham um grande dilema para resolver, que era entregar um luta verossímil, técnica, dinâmica e ao mesmo tempo com evoluções graduais de ritmo e narrativa, para construir um bom clímax. E foi isso que fizeram. Optaram por começar num chain wrestling bastante técnico e envolvente, com transições rápidas e elaboradas, que permite a gente afirmar que o over-booking não estaria presente nessa partida, e que, eles teriam liberdade para produzir algo interessante. Acontece que eles tiveram uma sacada genial de começar com o ritmo acelerado e irem desacelerando aos poucos indo em contramão à importância dos golpes, que, conforme mais expressivos, um pouco mais lento ficava para que eles pudessem atuar a venda dos golpes. Com isso, eles aproveitaram o tempo de maneira perfeita e subverteram a sensação de um ritmo rápido com um tempo andando mais devagar, com muita coisa acontecendo em pouco tempo e ao mesmo tempo, em momentos chaves, uma atuação mais próxima da realidade, com demonstração de fadiga e de danos que davam peso dramático pro combate nos momentos chaves.
Depois dessa etapa, voltaram a acelerar gradualmente, para que tivéssemos a sensação de que o ritmo estava acelerando conforme sequências mais empolgantes eram apresentadas, parecendo que o combate havia tido um background para evoluir gradualmente a sua narrativa, mesmo não tendo. Com isso, a quebra de ritmo não foi tão percebida e permitiu com que o público se empolgasse com os apogeus, que foram baseados em reversões seguidos dos principais movimentos de cada um. Foi tudo muito bem distribuído entre eles, para passar o equilíbrio evidente entre os dois. Em pouco tempo, eles desenvolveram muito bem isso com muitos acontecimentos bem executados que conseguiram se impregnar na memória do público para criar um peso cada vez maior de que um combate longo estava acontecendo, com muitas revira-voltar e um frenético crescimento no ritmo que se intercalava com a importância dada a cada golpe.
Foi daí que o desfecho foi construído na base das revira-voltas, com AJ Styles encaixando sua submissão de maneira inesperada e o Style Chash também de forma inesperada, ao reverter o finalizador do Seth. Com o kickout do Rollins, a emoção começou a falar mais alto e bastou uma sequência final, onde em mais uma revira-volta, o Rollins aplicou três movimentos em sequência para conseguir finalizar o Style. Uma estruturação impressionante e uma aula espetacular de como conseguir usar o tempo ao seu favor. Por mais que claramente não seja um combate digno de 5 estrelas, por não ter sido empolgante e inovador o suficiente, é inegável que em termos de atuação em relação às condições entregadas, Seth e AJ se provaram grandíssimos wrestlers, inclusive com Rollins atuando muito bem nos momentos que envolvem uma maior psicologia, o que muitas vezes foram defeitos recorrentes de sua atuação em outras lutas no passado. Dessa vez ele não comprometeu nesse sentido, e vendeu todos os seus danos com maestria.
Depois dessa etapa, voltaram a acelerar gradualmente, para que tivéssemos a sensação de que o ritmo estava acelerando conforme sequências mais empolgantes eram apresentadas, parecendo que o combate havia tido um background para evoluir gradualmente a sua narrativa, mesmo não tendo. Com isso, a quebra de ritmo não foi tão percebida e permitiu com que o público se empolgasse com os apogeus, que foram baseados em reversões seguidos dos principais movimentos de cada um. Foi tudo muito bem distribuído entre eles, para passar o equilíbrio evidente entre os dois. Em pouco tempo, eles desenvolveram muito bem isso com muitos acontecimentos bem executados que conseguiram se impregnar na memória do público para criar um peso cada vez maior de que um combate longo estava acontecendo, com muitas revira-voltar e um frenético crescimento no ritmo que se intercalava com a importância dada a cada golpe.
Foi daí que o desfecho foi construído na base das revira-voltas, com AJ Styles encaixando sua submissão de maneira inesperada e o Style Chash também de forma inesperada, ao reverter o finalizador do Seth. Com o kickout do Rollins, a emoção começou a falar mais alto e bastou uma sequência final, onde em mais uma revira-volta, o Rollins aplicou três movimentos em sequência para conseguir finalizar o Style. Uma estruturação impressionante e uma aula espetacular de como conseguir usar o tempo ao seu favor. Por mais que claramente não seja um combate digno de 5 estrelas, por não ter sido empolgante e inovador o suficiente, é inegável que em termos de atuação em relação às condições entregadas, Seth e AJ se provaram grandíssimos wrestlers, inclusive com Rollins atuando muito bem nos momentos que envolvem uma maior psicologia, o que muitas vezes foram defeitos recorrentes de sua atuação em outras lutas no passado. Dessa vez ele não comprometeu nesse sentido, e vendeu todos os seus danos com maestria.
WWE World Championship Match: Kofi Kingston (c) (w) vs. Kevin Owens - 3.75
Storytelling: 0.75
In-Ring Execution: 0.75
Match Psychology: 0.75
Timing: 0.75
Innovation: 0.75
Resultado: Qualquer um que vencesse não seria um problema. Owens vencendo seria muito interessante. Ele é um personagem incrível que já mostrou ser capaz de segurar o título. E Kofi, alguém que ninguém imaginava segurando esse título há alguns meses, está sendo um excelente campeão bastante over com o público. Dependeria somente do que a WWE iria querer pro futuro do SmackDown. Se eles quisessem transformar a brand num quintal do cachorrão mais rápido, seria melhor dar o título pro Owens para ele rivalizar com o Roman. Se eles querem dar destaque para outros vilões, seria melhor continuar com o Kofi. No caso, há grandes chances dele enfrentar o Brock Lesnar. Então, acho que foi uma decisão acertada.
Combate: Eles foram eficientes mas pouco criativo, e no seguinte sentido. Por mais que o combate tenha seguido um ritual certinho de como se desenvolve uma match, com início, meio e fim, pelo tempo dado, eles não conseguiram traduzir isso em algo grandioso. Tiveram momentos muito bem trabalhados, mas foram em poucas quantidades. Talvez, o maior defeito foi o excesso de movimentos diretos e a pouca variação nos golpes utilizados, com muitas reversões de moves elaborados que terminavam em simples socos. Acabou por ser monótono em grande parte do tempo, com raras exceções onde de fato sequências muito bem feitas foram realizadas. A história em si, explorou muito quem seria o vencedor e em alguns momentos eles pecaram em criar sintonia com o público, como no momento em que o Kofi foi por as mãos nas cordas. Owens enrolou tanto para fazer o pinfall que ficou óbvio que o Kofi colocaria o pé na corda. A única surpresa foi ele ter usado a mão, o que me faz perguntar: Se ele ia usar a mão de qualquer jeito, porque o Owens não fez o pinfall segurando as duas pernas, ou a perna direita, para criar uma imprevisibilidade um pouco maior? São detalhes que fazem muita diferença na psicologia da partida. Psicologia e execução de ações com toques de realismo e garantindo imprevisibilidade, são essenciais e devem estar em sintonia. Vai ser um combate lembrado apenas por ter tido algumas sequências boas, mas nada empolgante ao ponto de vibrarmos verdadeiramente com ele.
Men's Money in the Bank Ladder Match: Andreade Cien Almas vs. Ricochet vs. Drew McIntyre vs. Finn Balor vs. Baron Corbin vs. Mustafa Ali vs. Randy Orton vs. Brock Lesnar (w) - 4.25
Storytelling: 0.50
In-Ring Execution: 1.00
Match Psychology: 0.75
Timing: 1.00
Innovation: 1.00
Resultado: Vou dividir minhas considerações em dois pontos. Primeiro, a respeito da distribuição de funções de cada um e quanto cada um apareceu. Quem ficou devendo? Baron Corbin, Almas (apesar de ter tido o melhor spot do combate) e Ricochet. Quem se sobressaiu? Finn Balor (mais apanhando do que batendo), Drew, Orton e Ali. Esse último inclusive, que nesse tipo de partida, tem se destacado bastante, parecendo que a WWE quer brincar com a gente, com ele sempre batendo na trave e fazendo a gente pensar no meio do combate que finalmente o Ali terá seu grande push. Enfim, já acho que só dele bater na trave já é um grande push, pois não vejo em questões de personagem e mic skill a possibilidade de Ali render como um dos 'grandes'. Orton foi essencial e bem valorizado, mas sumiu no final. Drew foi responsável pelos principais spots. Almas fez o spot mais belo do combate, mas só fez isso praticamente. De resto, só apanhou e não participou dos principais momentos, não sendo nem cotado para ganhar. Balor chegou perto de ganhar e nesses momentos apanhou feito uma mula grávida. Ricochet tadinho, só fez uma graça no início e depois nunca mais. Corbin fez algumas graças mas não chegou nem perto de ganhar também.
Segundo, a escolha pelo Brock Lesnar foi simplesmente GENIAL. Sério, foi a melhor escolha possível para ganhar. Eu não entendo essas pessoas que não gostaram. Como? Como não gostar disso? O cara nem escalado estava pro combate e mesmo assim ganhou surgindo só no final do combate. Vai me dizer que isso não é um booking genial? É por essas e outras que a WWE sempre vai se manter no topo. E sabe qual é o mais engraçado de tudo isso? É vocês acreditarem (tomara que não tenham acreditado) que eu estou falando sério! Apenas estou parafraseando o Chris Jericho que assim como eu, bateu continência para a genialidade dos criativos da WWE. O cara que teve a ideia de fazer isso merece um óscar de melhor roteiro da história dos cinemas mesmo a WWE não sendo um filme de cinema. É um sacrilégio não considerar o gênio por trás disso como um DEUS. Isso mesmo, DEUS! Pois ninguém na face da terra teria a capacidade desse gênio em pensar tão meticulosamente o resultado desse combate como ele pensou. Eu no lugar do resto dos lutadores me DEMITIRIA da empresa pois eu me sentiria desonrado de estar no mesmo recinto que o gênio que teve essa ideia. É um pecado se achar merecedor de dividir o mesmo oxigênio que ele. Sua inteligência passou de todos os limites do inimaginável. Resta a nós agradecer por existir esse gênio. Quem foi o gênio? Vince? Pois eu gostaria muito de olhar nos olhos dessa pessoa, por mais desonrado que eu fosse por não poder em hipótese alguma ter esse privilégio, e dizer: UAU!
Segundo, a escolha pelo Brock Lesnar foi simplesmente GENIAL. Sério, foi a melhor escolha possível para ganhar. Eu não entendo essas pessoas que não gostaram. Como? Como não gostar disso? O cara nem escalado estava pro combate e mesmo assim ganhou surgindo só no final do combate. Vai me dizer que isso não é um booking genial? É por essas e outras que a WWE sempre vai se manter no topo. E sabe qual é o mais engraçado de tudo isso? É vocês acreditarem (tomara que não tenham acreditado) que eu estou falando sério! Apenas estou parafraseando o Chris Jericho que assim como eu, bateu continência para a genialidade dos criativos da WWE. O cara que teve a ideia de fazer isso merece um óscar de melhor roteiro da história dos cinemas mesmo a WWE não sendo um filme de cinema. É um sacrilégio não considerar o gênio por trás disso como um DEUS. Isso mesmo, DEUS! Pois ninguém na face da terra teria a capacidade desse gênio em pensar tão meticulosamente o resultado desse combate como ele pensou. Eu no lugar do resto dos lutadores me DEMITIRIA da empresa pois eu me sentiria desonrado de estar no mesmo recinto que o gênio que teve essa ideia. É um pecado se achar merecedor de dividir o mesmo oxigênio que ele. Sua inteligência passou de todos os limites do inimaginável. Resta a nós agradecer por existir esse gênio. Quem foi o gênio? Vince? Pois eu gostaria muito de olhar nos olhos dessa pessoa, por mais desonrado que eu fosse por não poder em hipótese alguma ter esse privilégio, e dizer: UAU!
Combate: Por tudo o que aconteceu eu acreditava fielmente que era o melhor combate da noite, até que uma certa musiquinha tocou, um certo alguém entrou, e jogou por água a baixo toda a construção que o combate teve e jogou no lixo toda a história contada, mostrando que dentro das regras do próprio mundo que é o universo WWE não há consequências. Qualquer coisa é possível. São regras que durante anos foram estabelecidas para a gente ter uma ideia de como funciona o mundo. Todos sabemos que não faz sentido algum alguém se apresentar no final de uma partida do MITB, entrar depois de todo mundo sem ter se apresentado antes e ganhar. Ainda assim, fizeram isso, e simplesmente, cuspiram na nossa cara dando uma mensagem clara de que qualquer coisa, independentemente de ser absolutamente incoerente com as próprias regras já pré-estabelecidas, pode acontecer.
O objetivo? Deixar a gente com raiva ou mostrar que o universo da WWE é imprevisível? Não importa. Existem termos claros para isso, que é, basicamente, falta de qualidade e furo de roteiro. São situações onde não existem lógica mesmo quando era para haver uma. Uma vez que a lógica é rompida, se torna algo banal. E a banalidade termina por enterrar de vez qualquer narrativa. Não fosse um excelente combate antes construído, isso seria com certeza um combate digno das piores notas possível num Star Ratings. E não se trata só de Star Ratings. Se trata de entretenimento. Muita gente na crowd comemorou a entrada do Brock, por ser um retorno inesperado num momento inesperado, e que, pela lógica, entraria ali apenas para impedir que Ali ganhasse. Mas não, mesmo os que comemoraram ele chegando, quando viram ele pegar a maleta, só restou a cara de trouxa como se tivessem jogado um balde de água fria na cabeça. Uma vez que fazem algo como isso, eles tiram o nosso chão que eles mesmo construíram. Eles nos introduziram a um universo com determinadas regras, que se não seguidas, demonstra apenas que eles não tem criatividade alguma para criar consequências para as ações e reações dentro do enredo criado. O enredo da WWE envolve uma gama de personagens num universo próprio, com diversos tipos de lutas, rivalidades e histórias, que no geral, funcionam como um eterno livro de ficção. Parece que por ser ficção, eles acham que tudo pode acontecer. Mas quando essa obra de ficção começa a quebrar as regras estabelecidas pela própria ficção, sem nenhuma consequência, justificativa, banalizando todo o enredo, nos mostra apenas que aquela ficção não pode ser levada a séria se imergirmos nela como algo que queremos entender.
E já não é a primeira vez que isso acontece. O fato notório, é que diante de tantas histórias já contadas e uma dificuldade exacerbada de fazer com que a Kayfabe fique mais forte nos tempos atuais, como eram antigamente, acaba-se a criatividade para fazer novas histórias, com eventos inovadores e empolgantes nunca antes vistos. Dessa falta de criatividade, fica a necessidade de tentar inventar algo novo às custas da coerência do próprio enredo. Daí nasce a possibilidade de alguém que não estava escalado na luta, entrar e pegar a maleta e vencer o MITB. A dois anos, a Carmella venceu com o James pegando a maleta no lugar dela, mostrando que já não é a primeira vez. Quando essas coisas acontecem uma vez ou outra, você até consegue perdoar mesmo destacando que era melhor que aquilo não tivesse acontecido. Mas quando esse tipo de coisa acontece várias vezes seguidas, a gente começa a não levar esse mundo de ficção a sério, e sim, como uma grande piada onde eventos aleatórios acontecem. E pior do que sentir raiva, a gente sente apatia, que é talvez o sentimento no público que a WWE mais tem medo de gerar. A WWE nunca viu problemas em gerar raiva. Agora, apatia, é a morte do negócio. Um público que não vibra, por já não ter expectativas em relação à empresa que insiste em fazer cagada atrás de cagada, faz com que, mesmo em momentos que deveríamos sentir raiva, não sentimos nada. Sentimos apenas desprezo, de tão ridículo é o que está acontecendo.
O que vai acontecer na próxima vez? Nós vamos descobrir no final de uma Single Match no Main Event de uma WM que na verdade era uma Triple Treath Match, e o Roman vai entrar no final da partida, fazer um Spear na Charlotte e na Becky Lynch e se tornar SmackDown Women's Championship? Pois sinceramente, o booking dessa partida beirou a esse ridículo. Esse tipo de coisa faz com que a gente não duvide de mais nada. Daqui a pouco um orangotango estreia na WWE e ninguém vai se surpreender. Perderam totalmente a noção do bom senso, e na tentativa de virar manchete, apelam para as coisas mais ridículas parecendo o Zorra Total ou a Malhação da Globo. Num combate onde houve uma estruturação quase impecável, com lindos spots, sequências primorosas, ótimos usos das escadas, grande inovação, terminar dessa forma é um desrespeito não a só nós fãs, mas aos lutadores que ali estava presentes e que, por decisão da WWE, não sabiam que Brock iria ganhar. Em dinheiro a WWE está nadando. Em credibilidade, noção, senso do ridículo e qualidade, não!
O objetivo? Deixar a gente com raiva ou mostrar que o universo da WWE é imprevisível? Não importa. Existem termos claros para isso, que é, basicamente, falta de qualidade e furo de roteiro. São situações onde não existem lógica mesmo quando era para haver uma. Uma vez que a lógica é rompida, se torna algo banal. E a banalidade termina por enterrar de vez qualquer narrativa. Não fosse um excelente combate antes construído, isso seria com certeza um combate digno das piores notas possível num Star Ratings. E não se trata só de Star Ratings. Se trata de entretenimento. Muita gente na crowd comemorou a entrada do Brock, por ser um retorno inesperado num momento inesperado, e que, pela lógica, entraria ali apenas para impedir que Ali ganhasse. Mas não, mesmo os que comemoraram ele chegando, quando viram ele pegar a maleta, só restou a cara de trouxa como se tivessem jogado um balde de água fria na cabeça. Uma vez que fazem algo como isso, eles tiram o nosso chão que eles mesmo construíram. Eles nos introduziram a um universo com determinadas regras, que se não seguidas, demonstra apenas que eles não tem criatividade alguma para criar consequências para as ações e reações dentro do enredo criado. O enredo da WWE envolve uma gama de personagens num universo próprio, com diversos tipos de lutas, rivalidades e histórias, que no geral, funcionam como um eterno livro de ficção. Parece que por ser ficção, eles acham que tudo pode acontecer. Mas quando essa obra de ficção começa a quebrar as regras estabelecidas pela própria ficção, sem nenhuma consequência, justificativa, banalizando todo o enredo, nos mostra apenas que aquela ficção não pode ser levada a séria se imergirmos nela como algo que queremos entender.
E já não é a primeira vez que isso acontece. O fato notório, é que diante de tantas histórias já contadas e uma dificuldade exacerbada de fazer com que a Kayfabe fique mais forte nos tempos atuais, como eram antigamente, acaba-se a criatividade para fazer novas histórias, com eventos inovadores e empolgantes nunca antes vistos. Dessa falta de criatividade, fica a necessidade de tentar inventar algo novo às custas da coerência do próprio enredo. Daí nasce a possibilidade de alguém que não estava escalado na luta, entrar e pegar a maleta e vencer o MITB. A dois anos, a Carmella venceu com o James pegando a maleta no lugar dela, mostrando que já não é a primeira vez. Quando essas coisas acontecem uma vez ou outra, você até consegue perdoar mesmo destacando que era melhor que aquilo não tivesse acontecido. Mas quando esse tipo de coisa acontece várias vezes seguidas, a gente começa a não levar esse mundo de ficção a sério, e sim, como uma grande piada onde eventos aleatórios acontecem. E pior do que sentir raiva, a gente sente apatia, que é talvez o sentimento no público que a WWE mais tem medo de gerar. A WWE nunca viu problemas em gerar raiva. Agora, apatia, é a morte do negócio. Um público que não vibra, por já não ter expectativas em relação à empresa que insiste em fazer cagada atrás de cagada, faz com que, mesmo em momentos que deveríamos sentir raiva, não sentimos nada. Sentimos apenas desprezo, de tão ridículo é o que está acontecendo.
O que vai acontecer na próxima vez? Nós vamos descobrir no final de uma Single Match no Main Event de uma WM que na verdade era uma Triple Treath Match, e o Roman vai entrar no final da partida, fazer um Spear na Charlotte e na Becky Lynch e se tornar SmackDown Women's Championship? Pois sinceramente, o booking dessa partida beirou a esse ridículo. Esse tipo de coisa faz com que a gente não duvide de mais nada. Daqui a pouco um orangotango estreia na WWE e ninguém vai se surpreender. Perderam totalmente a noção do bom senso, e na tentativa de virar manchete, apelam para as coisas mais ridículas parecendo o Zorra Total ou a Malhação da Globo. Num combate onde houve uma estruturação quase impecável, com lindos spots, sequências primorosas, ótimos usos das escadas, grande inovação, terminar dessa forma é um desrespeito não a só nós fãs, mas aos lutadores que ali estava presentes e que, por decisão da WWE, não sabiam que Brock iria ganhar. Em dinheiro a WWE está nadando. Em credibilidade, noção, senso do ridículo e qualidade, não!
Então galera, esse foi o HOW Star Ratings de hoje. Deixem suas opiniões e avaliações nos comentários, não deixem de interagir e de compartilhar essa análise com seus amigos. Nos vemos no próximo HOW Star Ratings!
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