terça-feira, 28 de maio de 2019

Exclusivo: House of Wrestling entrevista T.J. Perkins

Com passagens por grandes empresas, tal como a WWE, T.J. Perkins já mostrou como pode ser incrível. Apesar de uma passagem com altos e baixos na WWE, TJP conquistou o Cruiserweight Championship e deixou sua marca na divisão. Com o TNA X-Division Championship em seu currículo e agora longe da empresa de Vince McMahon, TJP tem mostrado todo seu talento nas empresas independentes.

Confira abaixo a entrevista exclusiva de T.J. Perkins para o House of Wrestling.

Você se sentiu confortável com o heel turn que teve enquanto estava no 205 Live? Se você tivesse total controle criativo sobre o seu personagem, o que você teria feita após perder o título para Kendrick?
R: Sim, eu fico confortável com qualquer papel, então isso não é um problema. Eu sempre amei ter personagens, e por isso eu já tive uns 10 personagens mascarados diferentes na minha carreira e cada um era diferente. PUMA, Suicide, Manik, Sydistiko, El Bombero, Cobra 2, Apostle Azul, Vampiro Blanco, etc... a única coisa que eu não gosto é que não tinha nenhum benefício em ser um heel na WWE. Eu vou pedido para ter aquele papel e ajudar a levantar os babyfaces. Eu fiz tudo o que pude para ser odiável tanto dentro quanto fora do ringue e ajudei babyfaces a se conectarem com o público, o tanto para que as pessoas me odiassem o suficiente para se apaixonar pelo babyface só para me irritar, o que era o objetivo principal. Mas não tinha nenhuma recompensa ou transição para mim apesar de fazer um ótimo trabalho nesse aspecto. Então era realmente uma perda de troca de personagem porque como babyface eu tinha a conexão mais forte entre os cruiserweights. Eu era o único cruiserweight naquela época a ter quase meio milhão de seguidores nas redes sociais e tinha boas vendas para as minhas camisas e bonecos quando nenhum outro cruiserweight tinha uma base forte o suficiente de seguidores para ter alguma mercadoria ainda. Eu também tinha um grande volume de fãs me esperando nos live events e enviando cartas ao Performance Center e à WWE porque eles realmente se conectavam com a minha história e eu estava ajudando os fãs numa forma positiva. Eu apenas senti que era um desperdício de tudo isso. Desapontou muitos fãs e tirou de mim muitas coisas que eu tinha para oferecer.

Vamos supor que você recebesse uma boa oferta para lutar numa grande empresa, vamos dizer que seja a AEW, mas essa empresa iria pedir para você mudar seu personagem, seu estilo e lutar usando máscara. Neste cenário, você preferiria continuar em indies pequenas com a popularidade que você já ganhou ou você aceitaria esse desafio de recomeçar com um novo personagem?
R: Eu nunca mudaria por alguém de novo por qualquer quantidade de dinheiro ou influência. Eu realmente não preciso do dinheiro mais, eu não tenho precisado dele desde antes a TNA na verdade. E eu nunca estive interessado em popularidade ou influência, nunca. Mas mesmo que eu precisasse dessas coisas, felicidade é tudo. Por 20 anos, eu tenho sido limitado por empresas e pessoas que não queriam deixar eu ser quem eu sou. Agora que me encontrei, eu nunca trocaria isso por nada. Uma coisa que aprendi quando eu estava sem teto é que existe uma balança entre responsabilidade financeira e a sua própria felicidade.

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Como era sua relação com os outros membros da Catch Point? De onde veio a ideia da stable?
R: Eu me dava muito bem com todos eles e ainda me dou bem com eles. Eu curti muito aquele momento e os caras eram todos diferentes um dos outros e eu curtia a dinâmica que tínhamos. Eu acredito que o grupo foi ideia de Gulak e Gabe Sapolsky.

Você já trabalhou para a WWE, Impact, ROH e New Japan. Qual delas você se sentiu mais confortável?
R:Você deixou de fora CMLL e AAA. E CMLL foi provavelmente meu momento favorito na minha carreira. Eu surgi na Lucha Libre e isso está guardado no meu coração. New Japan sempre será minha primeira casa, foi a empresa que meu draftou quando eu tinha 17-18.

Você prefere trabalhar com ou sem uma máscara. Quais são suas memórias favoritas como Manik e como PUMA?
R: Isso realmente não importa para mim. Eu gosto de ambos os personagens então é tudo divertido. PUMA era incrível pois eu consegui canalizar tudo que eu amava sobre meu herói Sayama. Meu período como Manik foi ótimo pois eu eclodi de muitas maneiras e fui elevado a um outro nível de performer pois agora estavam me colocando em combates com Jeff Hardy, Chavo Guerrero, etc então foi um momento divertido de várias formas.

Como você vê a evolução da cena independente dos anos 2000 até hoje? Tem alguma coisa que você sente falta no passado?
R: Então, é bem diferente agora. Muito mais lugares para ir e muito mais wrestlers. Eu sinto falta de quando não existia redes sociais. Na minha opinião, era melhor sem essa conexão. Eu acho que causa mais danos do que coisas boas.

Na sua opinião, por que o catch wrestling está se distanciando do wrestling mais popular mesmo com grandes nomes como Zack Sabre Jr, Jonathan Greshman e Timothy Thatcher?
R: Eu não acho que se distancia do mainstream tanto quanto tem construído seu lugar como um nicho. Eu acho que era uma forte conexão para o mainstream porque eu tinha uma vasta pegada diferente para o catch esteticamente. Todo wrestler do estilo catch é na maioria das vezes o mesmo, eles usam sungas e botas e executam da mesma forma. E todos os caras que você mencionou são incríveis, eu pude vê-los crescer, e alguns deles seguiram meus passos quando estavam começando e eu fico feliz de poder ter ajudo eles no começo pois esse estilo é difícil de comunicar para um grande público. Então eu acho que no meu caso eu tenho sido uma boa representação do catch no mainstream pois sou bem diferente. Eu queria quebrar o molde do que um catch wrestler se parece e como age. Eu queria dar ao catch wrestling mais estilo e arrogância. Eu acho que eu tenho uma presença tão forte que geralmente eu iludo os fãs a acreditarem que eu sou estritamente um high-flyer ou algum outro estilo pois eles não conseguem entender que um wrestler técnico teria um estilo como o meu ou a carisma como a minha. Mas eu sou diferente, e eu acho que dar uma pegada diferente ao catch ajudará os catch wrestlers mais tradicionais a fazer conexões únicas também pois então nós não seremos todos iguais. No começo, eu costuma fazer de sunga e botas também. Eventualmente eu tive que parar com aquilo e me tornar eu mesmo.

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