
As controvérsias se instalaram na Ring of Honor recentemente devido a demissão da até então ROH Women's Champion Kelly Klein. Em uma recente entrevista para a Newsweek, Klein abordou a situação e comentou sobre uma lesão na cabeça que ela sofreu em um combate em 26 de outubro durante a turnê da empresa no Reino Unido.
"Não havia nenhum médico para me dar suporte", disse Klein na entrevista. "Ninguém sugeriu um protocolo. Eu não estava ciente ou fui informada sobre um protocolo para aquela situação."
Klein diz que é "alarmante" que uma empresa de luta livre não possua equipe médica presente, já que outras grandes promoções, como WWE e AEW, contam com equipe médica em todos os eventos e podem lidar com qualquer situação.
Segundo diz a própria lutadora, ela terminou o resto do combate e voltou aos bastidores, onde deitou-se no chão do camarim feminino e começou a falar coisas sem sentido por uma hora - resultado da lesão na cabela.
Outro exemplo de concussão ocorreu com Klein em abril de 2018 e, como na recente lesão que ela sofreu, Klein disse que "nada aconteceu" em relação a um tratamento médico por parte da empresa.
Em uma reunião em 7 de novembro, Klein levou suas preocupações até o diretor de operações Joe Koff, e supostamente foi informado por ele de que a empresa tem uma política de concussão - algo que Klein afirma nunca ter visto. Ela disse que, se houvesse uma política de concussão, os talentos estariam ciente disso.
Koff também disse a ela que a equipe que gerência a ROH está sempre consciente quando algum talento está lesionado. Klein respondeu: "Não, você não sabe, porque ninguém sabia que eu tinha uma concussão em Nova Orleans", referindo-se à concussão de abril de 2018.
Klein, que foi demitida pela empresa por e-mail, conforme revelado por seu marido BJ Whitmer, diz que a Ring of Honor não se ofereceu para providenciar ou pagar pelo tratamento de sua recente concussão.
Está sendo relatado pelo Wrestling Inc, que em alguns casos, mas não em todos, os tratamentos são custeados pela ROH - mas somente depois de os lutadores já terem pagado do próprio bolso.
No início deste mês, Joey Mercury, ex-funcionário da ROH, twitou, com a permissão de Klein, alguns e-mails entre Klein e Gilleland, revelando que ela estava ganhando menos que US $ 24.000 por ano enquanto estava sob contrato com a ROH.
Em relação ao salário anual, Klein diz que só pode pagar consultas e reabilitação onerosas, porque se beneficia do seguro de saúde privado do marido BJ Whitmer.
"Se eu não tivesse isso, não seria capaz de pagar essas consultas", disse Klein.
Klein também revelou recentemente que teve dificuldades com Gilleland. Enquanto negociava seu contrato para 2019 em dezembro do ano passado, ela pediu um pagamento anual de US $ 24.000 - um aumento de US $ 4.000 - mas foi rejeitada.
Klein também comentou que a refutação e a falta de desenvolvimento de storylines para a divisão feminina torna "muito evidente que eles valorizam menos as mulheres" do que os lutadores do sexo masculino.
"Há uma falta de valor real da gerência em geral", disse Klein. "E então, especialmente com as mulheres... não sinto que eles valorizam as mulheres".
Klein diz que não planeja lutar pelo resto do ano enquanto se recupera de sua concussão, mas continuará lutando para obter melhores condições de trabalho.
"Ainda assim vou pedir para que eles façam o melhor. Parar de trabalhar lá não muda os problemas. Quero que eles sejam responsáveis por criar um ambiente inseguro. O público terá que responsabilizá-los".